JUSTIÇA

Suspeita de matar marido envenenado vai a júri popular em Betim

Crime ocorreu em fevereiro de 2023; julgamento dela está marcado para começar 9h, no Fórum da Comarca de Betim

Por Lisley Alvarenga

Publicado em 18 de novembro de 2024 | 18:55

 
 
Dênis Carneiro, de 38 anos, morreu após ser envenenado no dia 11 de fevereiro de 2023
Dênis Carneiro, de 38 anos, morreu após ser envenenado no dia 11 de fevereiro de 2023 Foto: Arquivo pessoal

Karoline de Paiva Machado, suspeita de matar o marido, Dênis Carneiro, de 38 anos, envenenado com chumbinho e pesticida carbofurano, irá a júri popular, nesta terça-feira (19 de novembro), em Betim. O crime ocorreu em 11 de fevereiro de 2023. O julgamento dela está marcado para começar 9h, no Fórum da Comarca de Betim.

De acordo com a Polícia Civil, Dênis Carneiro, de 38 anos, saiu de Betim para visitar os pais no município de Ponte Nova, na Zona da Mata mineira, mas começou a se sentir mal na altura da cidade Itabirito.

“Ele estacionou o carro na rodoviária e ligou para a companheira pedindo ajuda. Em vez de ela acionar os órgãos de segurança de Itabirito para socorrê-lo, ela pegou um carro de aplicativo e demorou quase 2h para chegar. Ele morreu esperando uma ajuda que nunca chegou”, relatou na época o delegado titular da delegacia de Itabirito, Marcelo Teotônio de Castro, que é responsável pelo caso. 

O homem foi encontrado dentro do veículo já sem vida e com o corpo contorcido, espumando e com fezes e urina. Durante as investigações, surgiu a suspeita de que ele havia sido envenenado. Na autópsia foram identificados níveis elevados de duas substâncias altamente tóxicas: chumbinho e do pesticida carbofurano.

Relacionamento conturbado

O casal estava junto há cerca de três anos e tinha contrato de união estável. Os dois moravam em Betim e trabalhavam juntos na mesma empresa. Durante as investigações, a polícia constatou que o casal tinha um relacionamento conturbado. Familiares de Dênis relataram que a mulher era possessiva, ciumenta e o afastou de amigos e família. Eles chegaram a presenciar a suspeita agredindo a vítima durante uma briga.

A família também desconfiava que a companheira teria tentado envenená-lo por outras vezes. Uma delas foi em 2022, quando ele passou mal de repente e chegou a piorar a ponto de ficar intubado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Conforme o delegado, a família o alertava, e dizia que ele estava sendo envenenado, mas ele não acreditava.

Com Sara Lira