Desde 2019, o Hospital Público Regional de Betim (HPRB) é referência na região metropolitana de Belo Horizonte no atendimento a vítimas de picadas de animais peçonhentos. A assistência é feita por meio de uma parceria firmada com o Hospital João XXIII, na capital, por meio da Secretaria de Estado de Saúde. “O médico responsável pelo atendimento aqui entra em contato com o setor de toxicologia de lá, e, juntos, eles discutem o caso e a indicação do melhor tratamento”, explica a enfermeira responsável pelo serviço de vacinas e soroterapia antipeçonhenta do Hospital Regional, Flávia Nogueira.
Na unidade, são ofertados quatro tipos de soros: antiaracnídico (para casos de envenenamento por escorpião e aranhas marrom e armadeira); antibotrópico (para vítimas de picadas de serpentes das espécies jararaca, surucucu, urutu e jararacuçu); anticrotálico (para envenenamento por cascavel); e antiescorpiônico (para pacientes picados por escorpiões amarelo, marrom e preto).
No ano passado, o HPRB realizou 14 atendimentos de vítimas de animais peçonhentos. Neste ano, até 14 de março, tinham sido registrados quatro casos. “Toda pessoa picada por um animal venenoso deve procurar atendimento médico o mais rápido possível”, frisa Flávia.
A enfermeira ressalta que o ideal é que o paciente saiba dizer qual foi o animal que o picou. Uma alternativa segura, segundo ela, é fazer uma foto e mostrá-la ao médico que fizer o atendimento.