ACOLHIMENTO

Encontro de Leoas: mães atípicas se reúnem para momento de reflexão e valorização

Evento aconteceu no espaço Sanctuarium, e foi promovido pela Comunidade de Pais Atípicos (CPA) de Betim

 
 
O encontro aconteceu no espaço Sanctuarium, e foi promovido pela Comunidade de Pais Atípicos (CPA) do município

Diversas mães atípicas de Betim se reuniram nesta quinta-feira (16) para um dia de valorização e acolhimento. O evento, intitulado de Encontro de Leoas, contou com um café especial, momentos de reflexão, cuidados com a beleza e entrega de brindes. O encontro aconteceu no espaço Sanctuarium, e foi promovido pela Comunidade de Pais Atípicos (CPA) do município.

Taís Pereira é presidente da CPA e mãe atípica de duas crianças, do Izac da Hadassa, Segundo ela, realizar o evento foi uma forma de promover um dia de relaxamento para as mães que, assim com ela, tem filhos com diagnósticos de Transtorno do Espectro Autista (TEA): “Nós mães atípicas passamos por muitos picos de estresse, e isso gera um desgaste psicológico muito grande. Então, pensando nessa realidade, proporcionamos esse momento de paz, cuidado e, principalmente, aconchego”. 

O Izac tem nível de suporte 2 do TEA, e a Hadassa, nível 1. Taís conta que ambos tiveram os laudos fechados durante o período escolar. Fase em que as crianças desenvolvem habilidades sociais e evoluem no aprendizado. “O laudo do Izac foi tardio. Percebemos o comportamento na escola, e as dificuldades de aprendizagem dele, que aos 13 anos ainda não foi alfabetizado. Então a escola é o berço. Pois quando chega no âmbito escolar percebemos e entendemos os comportamentos, as pirraças e as birras de quando eram crianças”, destacou.

O filho de Romilda Ferreira tem 7 anos, ela diz que no início não teve o apoio de ninguém, o que dificultou bastante sua realidade. “Depois que eu adquiri mais conhecimento e pesquisei sobre o assunto, foi mais tranquilo. Hoje tenho muito orgulho de tê-lo na minha vida, ele é meu mundinho azul”, contou a mãe atípica ao OTB.

Ela ressalta que poder participar do encontro a fez se sentir acolhida. “Esse gesto, para nós, é muito gratificante. Acredito que deveria ter mais iniciativas como estas na cidade, pois é um direito das crianças. Além disso, também ajuda na aceitação do diagnóstico por parte da família e auxilia as mães atípicas”, encerrou Romilda.