TERAPIA COM CAVALOS

Nova pista de equoterapia da Despertar Vidas é inaugurada

Espaço, cedido à associação pela Sepa, funciona nas dependências do parque de exposições, no Angola

Por Iêva Tatiana

Publicado em 15 de junho de 2024 | 17:55

 
 
Égua Bela é um dos animais utilizados na terapia das 44 crianças atendidas atualmente pela associação Égua Bela é um dos animais utilizados na terapia das 44 crianças atendidas atualmente pela associação Foto: Carolina Miranda

A nova pista de equoterapia da Associação Despertar Vidas foi inaugurada neste sábado (15), nas dependências do parque de exposições. O espaço fica em uma área cedida pela Superintendência de Proteção Animal (Sepa).

Para marcar a retomada das atividades do projeto - que ficaram paralisadas por cerca de um ano por conta de uma indefinição acerca do espaço utilizado -, as famílias assistidas pela iniciativa se juntaram à equipe da associação em um arraiá recheado de comidas e músicas típicas juninas.

“Nós trabalhamos com crianças com e sem deficiência. Com a equoterapia, conseguimos trabalhar a parte motora e a psicossocial naquelas que têm autismo, paralisia cerebral, por exemplo. E como a equoterapia acontece em um ambiente aberto, livre, é uma terapia diferenciada para essas crianças”, explicou a fisioterapeuta coordenadora da entidade, Izabela Garcia.

“O cavalo ajuda a tratar a ansiedade. Quando a mãe vê que a criança está ansiosa, o cavalo é uma terapia”, completou a presidente da associação, Nathália Garcia.

Manutenção das atividades

Atualmente, 44 crianças são atendidas pela Despertar Vidas, que realiza os trabalhos com as éguas Bela e Luna. 

“A gente conseguiu construir um galpão para eles, com duas baias, um banheiro, uma sala de recepção e um redondel. Enfim, demos condições à Associação Despertar Vidas funcionar”, frisou o auxiliar administrativo da Sepa, Luiz Meira.

O retorno dos trabalhos trouxe alívio para os pais das crianças assistidas. Mãe atípica, Taís Pereira conta que a filha Hadassa Pereira, de 7 anos, vem apresentando um progresso surpreendente, apesar de fazer a equoterapia há apenas um mês. “Todo autista tem uma dificuldade motora muito grande, mas na segunda sessão já vimos esse grande impacto. A Despertar Vidas nos faz viver em uma grande comunidade. Temos assuntos, dificuldades, tristezas e conquistas em comum. A gente acaba virando uma associação em si, consolidada”, ressaltou Taís.