Foi oficializada, nesta quarta-feira (19), a criação da Associação dos Povos Tradicionais de Matrizes Afro-Brasileira e Matrizes Africanas de Betim/MG. O objetivo é atender as mais de 250 casas existentes no município, atualmente, oferecendo assessorias jurídica e contábeis, bem como estreitar laços com os terreiros e convidar a população a conhecer mais as religiões e a cultura originárias da África.
“Estamos de portas abertas para atender todos os terreiros de umbanda, candomblé, todos os segmentos que vierem a nos procurar”, diz o presidente da associação, Pablo Coleta.
“As casas de santo do município precisavam de um amparo com essas questões de associados. A maioria tem um pouco de receio devido ao preconceito religioso, mas, por meio dos nossos laços, vamos tentar reunir o maior número possível de terreiros para conquistarmos essa luta pelo respeito. Queremos mostrar um pouco da nossa religião, da nossa cultura e que também somos bons”, completa o dirigente.
Presidente do Conselho de Igualdade Racial de Betim, Iracema Assis é a vice-presidente da Associação das Casas de Matriz Africana. Segundo ela, foram as demandas apresentadas ao órgão municipal que inspiraram a criação da entidade, que busca fortalecer e criar políticas alternativas e eixos para suprir as necessidades do povo de matriz africana.
“Hoje, nós temos um apoio muito grande do poder público em relação às casas de matriz afro, haja vista que elas estão registradas, com CNPJ. O meu papel enquanto vice-presidente da associação é ajudar o presidente a orientar, a ajustar essas demandas e a ouvir mais a população”, afirma Iracema.
A associação ainda não tem uma sede própria, mas já está prevista a instalação de uma no Bandeirinhas. Por ora, os contatos podem ser feitos por meio do WhatsApp pelo número (31) 99236-3858.