INSTITUIÇÃO

Alunos do Ramacrisna restauram computadores para crianças em vulnerabilidade social

Ação faz parte do projeto Solidariedade Inclusiva, criado em 2013 pelo curso profissionalizante de operador de computador do instituto

Por Kemileyn Freire
Publicado em 01 de julho de 2024 | 16:42
 
 
Alunos do curso profissionalizante de operador de computador durante uma aula de manutenção no Instituto Ramacrisna

Aprendizado que se transforma em inclusão digital. O projeto Solidariedade Inclusiva, do Instituto Ramacrisna, recebeu no mês de junho uma remessa de computadores danificados para serem restaurados e doados para crianças em situação de vulnerabilidade social, que integram o CAER - Centro de Apoio Educacional Ramacrisna.

O projeto, criado em 2013, é executado pelos estudantes do curso profissionalizante de operador de computador do instituto, que, segundo César Mendes, professor, utiliza desta iniciativa para promover conhecimento. “O material enviado pelas empresas parceiras ficam disponíveis para os alunos praticarem a manutenção das máquinas. Então além de auxiliar na qualificação dos alunos, tem a inclusão digital das crianças contemplada”, afirma o educador.

Para estar apto a receber a doação de computador, os alunos do centro de apoio devem demonstrar comprometimento com as aulas, frequência nas oficinas, bom desempenho escolar e não possuir computador em casa.

Para os estudantes, essa é uma oportunidade de transformar o aprendizado em ajuda ao próximo. “Eu me sinto muito feliz de aprender e também conseguir realizar o sonho de uma criança”, destaca o estudante Gustavo Secchi. Assim como ele, Emilly Lemos também se sente satisfeita com os objetivos do programa. “É a primeira vez que participo de um projeto como este. E fazer a diferença, mesmo que seja mínima, para uma criança carente, faz eu me sentir muito bem comigo mesma”, pontua a aluna de 16 anos.

Além de proporcionar as doações, o projeto também tem como foco fazer a destinação correta dos resíduos tecnológicos, visto que, segundo um levantamento realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil é responsável pela produção de 2 milhões de toneladas de lixo eletrônico, sendo o quinto maior produtor desses resíduos no mundo.

“Toda sucata de doação que recebemos, ou lixos eletrônicos que produzimos, são recolhidas e encaminhadas para um empresa de reciclagem que é parceria do instituto. Então também trabalhamos isso com os alunos, a conscientização do descarte final dos resíduos e a importância da preservação do meio ambiente”, explica César.

Como ajudar

Para ajudar o projeto, empresas e pessoas físicas podem contribuir com essa iniciativa doando os equipamentos em desuso. E, de acordo com César, qualquer tipo de eletrônico, funcionando ou não, é bem-vindo: “Essas doações são fundamentais para sua continuidade do projeto, pois nos ajudam bastante na qualificação dos alunos e na inclusão digital das crianças que vão receber esses aparelhos”.

As doações podem ser entregues tanto em Betim na sede da Ramacrisna, no bairro Santo Afonso ou nos Núcleos dos bairros Petrovale e Imbiruçu. Além disso, também é possível entregar nas cidades de Ibirité e Belo Horizonte. O instituto ressalta que não há uma quantia mínima para o recebimento dos materiais. 

Endereços

- Betim:

Sede: rua Mestre Ramacrisna, 379, bairro Santo Afonso.

Núcleo Petrovale: rua Espanha, 31, loja 3, bairro Petrovale.

Núcleo Imbiruçu: rua Luzia de Jesus Barbosa, 20, bairro Imbiruçu.

- Belo Horizonte: rua Rio Casca, 387, bairro Carlos Prates.

- Ibirité: avenida Babaçu, 450, bairro Palmeiras