Um anúncio supostamente falso sobre a oferta de um curso de treinamento militar para crianças e que teria a participação da Prefeitura de Betim tem circulado nas redes sociais. Mas, segundo a Secretaria Adjunta de Segurança Pública, trata-se de um golpe.
O referido curso, anunciado no Facebook, em uma página nomeada "Militarzinho Brasil", que ainda está no ar, oferece treinamentos gratuitos para crianças de 5 a 12 anos, com o intuito de discipliná-las por meio do método militar.
Em um primeiro momento, de acordo com apuração da pasta, o referido curso oferecido gratuitamente e, depois, são cobradas mensalidades no valor de R$ 800. Os golpistas usam nas peças de divulgação o brasão oficial do município insinuando que o curso é oficial, autorizado pela prefeitura, o que não é verdade.
Usuários da rede social alegaram nos comentários de um das publicações que o possível curso não era gratuito, e, sim, oferecido a parcelas mensais a partir de R$ 800. Segundo a Secretaria Adjunta de Segurança Pública, a página foi criada em abril de 2023 e já disparou anúncios direcionados a 26 cidades do Brasil, alterando apenas os brasões municipais.
A secretaria também informou que, até o momento, no município não foi registrada nenhuma denúncia sobre o golpe. Tentativas de localizar os responsáveis pela página foram realizadas por meio de mensagens, no entanto, sem sucesso.
A página do suposto falso curso não oferece contatos de telefone. Constam diversas reclamações de pessoas que foram contatadas por eles e que teriam recebido a cobrança pelos treinamentos que seriam ofertados, inicialmente, de forma gratuita.
Em nota, a secretaria ressaltou que não possui qualquer parceria com a referida página e orienta que as possíveis vítimas procurem a delegacia da Polícia Civil mais próxima ou a Delegacia Especializada em Investigação de Crimes Cibernéticos, localizada em Belo Horizonte (avenida Francisco Sales, 780, Santa Efigênia).
A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil para saber se há investigação em curso. Em resposta, a PC alegou que, até o momento, não foi localizada nenhuma ocorrência sobre este caso.