‘MILITARZINHO BRASIL’

Secretaria de Segurança Pública alerta para golpe sobre curso militar 'gratuito' ofertado a crianças

Página no Facebook utiliza brasão oficial do município insinuando uma iniciativa legal, mas, na verdade, não há qualquer tipo de vínculo com a Prefeitura de Betim

Por O TEMPO

Publicado em 24 de setembro de 2024 | 20:54

 
 
Anúncio já foi veiculado em outros municípios, mudando apenas o brasão das cidades Anúncio já foi veiculado em outros municípios, mudando apenas o brasão das cidades Foto: Freepik/Reprodução

Um anúncio supostamente falso sobre a oferta de um curso de treinamento militar para crianças e que teria a participação da Prefeitura de Betim tem circulado nas redes sociais. Mas, segundo a Secretaria Adjunta de Segurança Pública, trata-se de um golpe. 

O referido curso, anunciado no Facebook, em uma página nomeada "Militarzinho Brasil", que ainda está no ar, oferece treinamentos gratuitos para crianças de 5 a 12 anos, com o intuito de discipliná-las por meio do método militar. 

Em um primeiro momento, de acordo com apuração da pasta, o referido curso oferecido gratuitamente e, depois, são cobradas mensalidades no valor de R$ 800. Os golpistas usam nas peças de divulgação o brasão oficial do município insinuando que o curso é oficial, autorizado pela prefeitura, o que não é verdade. 

Usuários da rede social alegaram nos comentários de um das publicações que o possível curso não era gratuito, e, sim, oferecido a parcelas mensais a partir de R$ 800. Segundo a Secretaria Adjunta de Segurança Pública, a página foi criada em abril de 2023 e já disparou anúncios direcionados a 26 cidades do Brasil, alterando apenas os brasões municipais. 

A secretaria também informou que, até o momento, no município não foi registrada nenhuma denúncia sobre o golpe. Tentativas de localizar os responsáveis pela página foram realizadas por meio de mensagens, no entanto, sem sucesso. 

A página do suposto falso curso não oferece contatos de telefone. Constam diversas reclamações de pessoas que foram contatadas por eles e que teriam recebido a cobrança pelos treinamentos que seriam ofertados, inicialmente, de forma gratuita.

Em nota, a secretaria ressaltou que não possui qualquer parceria com a referida página e orienta que as possíveis vítimas procurem a delegacia da Polícia Civil mais próxima ou a Delegacia Especializada em Investigação de Crimes Cibernéticos, localizada em Belo Horizonte (avenida Francisco Sales, 780, Santa Efigênia). 

A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil para saber se há investigação em curso. Em resposta, a PC alegou que, até o momento, não foi localizada nenhuma ocorrência sobre este caso.