LIRAA

Levantamento rápido de infestação do Aedes aegypti na cidade começa na segunda-feira (13)

Pesquisa será a primeira do ano e contará com visitas em cerca de 8.000 imóveis em todos os bairros da cidade

Por O TEMPO

Publicado em 07 de janeiro de 2025 | 16:23

 
 
Durante as visitas, os agentes de combate a endemias (ACEs) irão recolher amostras de larvas de mosquitos para análise Durante as visitas, os agentes de combate a endemias (ACEs) irão recolher amostras de larvas de mosquitos para análise Foto: Prefeitura de Betim/Divulgação

A prefeitura vai iniciar, na próxima segunda-feira (13), o primeiro Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa) de 2025, com o objetivo de identificar o atual cenário de infestação do mosquito transmissor das arboviroses dengue, chikungunya, zika e febre amarela em Betim. O estudo ocorrerá até o dia 24, e terá seu resultado divulgado em fevereiro.

O resultado obtido por meio da pesquisa irá direcionar as próximas ações promovidas em combate ao Aedes aegypti no município. De acordo com a prefeitura, agentes de combate a endemias (ACEs) irão visitar cerca de 8.000 imóveis em todos os bairros da cidade, para recolher amostras de larvas de mosquitos para análise.

Conforme o Programa Nacional de Controle da Dengue, do Ministério da Saúde, o LIRAa deve ser realizado entre duas a quatro vezes ao ano, nos meses de janeiro, março e outubro. O método permite identificar de forma rápida, por meio de amostragem, o percentual de áreas das cidades com maior incidência de focos de larvas do mosquito e os tipos de criadouros predominantes.

O último levantamento, concluído em novembro de 2024, acendeu um alerta no município, pois o Índice de Infestação Predial (IIP) do município foi de 2,5%, ou seja, a cada mil imóveis pesquisados, 25 tinham focos do mosquito. O dado revela um risco médio para uma possível epidemia de dengue e chikungunya.

Ainda segundo o resultado, mais de 95% dos focos encontrados estavam nas áreas internas ou nos quintais dos imóveis, e menos de 5% estavam em lotes vagos ou terrenos baldios.

Controle

Após o resultado da última pesquisa, o município intensificou as ações de controle da infestação do mosquito na cidade. Durante as atividades, os ACEs reforçaram as vistorias domiciliares nas áreas mais infestadas, e promoveram mutirões de limpeza nas regionais que apresentaram maior IIP, sendo elas: Icaivera, Vianópolis e Norte.

Em novembro, a prefeitura iniciou o mapeamento aerofotogramétrico de áreas críticas que historicamente apresentam maior incidência de casos de arboviroses e infestação do mosquito. O trabalho foi feito utilizando um drone que permite a classificação dos pontos de interesse, incluindo as coordenadas geográficas, o endereçamento e a imagem digital dos locais. Os resultados estão subsidiando relatórios gerenciais personalizados, com informações necessárias para a tomada de decisões no âmbito da vigilância ambiental para um combate mais assertivo ao Aedes aegypti.

Já em dezembro, entre os dias 16 e 20, também foi realizada a Semana de Combate à Dengue nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Na iniciativa, agentes comunitários de saúde (ACSs)aumentaram as visitas domiciliares, distribuindo material informativo e orientando as famílias sobre as formas de controle da infestação do mosquito. Para incentivar a vacinação contra a dengue, as equipes das UBSs realizaram busca ativa de crianças entre 10 e 14 anos, público contemplado pela imunização, que ainda não haviam sido vacinadas ou estavam com o esquema vacinal em atraso.

"O combate ao Aedes aegypti é uma responsabilidade de todos, especialmente no período chuvoso, quando a água acumulada em pequenos recipientes pode se transformar em criadouros do mosquito. Cada cidadão deve vistoriar regularmente sua casa e eliminar pontos de água parada, como tampinhas, vasos e calhas. Pequenas ações, como tampar caixas d’água e descartar corretamente recipientes, fazem uma grande diferença na prevenção de doenças como dengue, chikungunya e zika. Juntos, podemos proteger nossas famílias e nossa comunidade, garantindo mais saúde para todos”, destacou a secretária municipal de Saúde, Jaqueline Santana.

Dados epidemiológicos

Em 2024, Betim passou pela maior epidemia de dengue e chikungunya de sua história. Segundo dados da Vigilância Epidemiológica, foram registrados na cidade 53.506 casos confirmados de dengue e 14 óbitos pela doença. Em relação à chikungunya, foram registrados 3.395 casos confirmados e cinco óbitos. Não foram registrados casos de zika. Confira o quadro de casos abaixo: