Betim tem 180 pontos classificados como de risco alto e muito alto, onde vivem 9.562 pessoas em 2.263 residências. Os dados foram apresentados nesta quarta-feira (1º), durante audiência pública na Câmara Municipal, que marcou a divulgação do plano de contingência para o período chuvoso 2025/2026.
No encontro, foram destacados os eixos de prevenção, mitigação, preparação e resposta que orientam as ações em situações de emergência. Entre as medidas previstas estão a limpeza de bueiros e bocas de lobo, capina das margens de rios e córregos e manutenção de calhas. O plano inclui vistoria e poda de árvores em risco no centro urbano, além da elaboração de um cadastro com recursos logísticos e maquinários disponíveis pelas secretarias.
Outro ponto tratado foi o planejamento de ajuda humanitária, que prevê a entrega de doações a famílias afetadas, além de suporte em casos de destelhamentos. Também foram apresentados os canais de comunicação que devem ser acionados em situações de risco.
A audiência contou com a participação com representantes da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), do Corpo de Bombeiros e das Defesas Civils de Minas e de Betim, além de vereadores e moradores. De acordo com a Superintendência de Defesa Civil municipal, a maioria dos pontos críticos está relacionada a processos de deslizamento.
Das dez regionais do município, apenas a do Petrovale não teve áreas de risco mapeadas. A região recebeu obras de prevenção em 2024 e continua sob monitoramento. Desde o ano passado, a cidade já investiu R$ 36,83 milhões em obras de mitigação, segundo a superintendente de Defesa Civil, Suellen Reis.
O plano estabelece ainda a pactuação de ações entre todas as secretarias municipais, tanto na prevenção quanto em respostas emergenciais, como remoções preventivas, interdições de vias e instalação de abrigos.