Vítima foi atingida no rosto e na cabeça e teve arranhões no maxilar.
Foto: Brandon Santos
Vítima foi atingida no rosto e na cabeça e teve arranhões no maxilar.
Foto: Brandon Santos
Uma aluna de 12 anos foi agredida por outra estudante, de 14, com um pedaço de cerâmica, na porta da Escola Estadual do Bairro Amazonas, por volta das 11h40 da manhã da última quarta-feira (22/10). A briga aconteceu logo depois do fim das aulas.
A mãe da vítima contou que foi avisada pela filha pouco antes de chegar à escola. “Eu tinha acabado de chegar da creche, tinha acabado de buscar a minha neta e a minha filha liga dizendo que ela estava sendo agredida na porta da escola. Quando eu cheguei lá, a briga já tinha passado. Ela estava presa dentro da sala junto com a menina. E eu queria ver ela, só que a escola também não deixou. Eu queria só socorrer ela, eu já fiquei imaginando um monte de coisas ruins”, relatou.
As imagens da briga, gravadas por colegas, mostram a agressora desferindo golpes contra a vítima, que cai no chão enquanto continua sendo atingida até que um homem separa a confusão. Após assistir ao vídeo, a mãe classificou a agressão como tentativa de homicídio: “Foi uma tentativa de homicídio, porque os lugares que acertou ela são lugares que matam, são as partes vitais, né? Porque se fosse só uma briga de adolescente, iria puxar o cabelo, empurrar, ela ia revidar, você viu que ela não teve reação”, contou.
Ainda segundo a mãe, a motivação do ataque teria relação com fofocas entre os alunos e ciúmes de um colega. “Eu nem sabia que estava tendo problema na escola porque, geralmente, a gente conversa. Até então, foi surpresa para ela e para mim, porque como ela não tem contato com essa menina, contou”, disse.
A vítima foi atingida no rosto e na cabeça e teve arranhões no maxilar. Ela foi socorrida e levada para a UPA Teresópolis, onde levou quatro pontos no rosto e um na cabeça.
As duas estudantes se conhecem há cerca de um ano, mas não se encontram com frequência, já que não fazem parte da mesma turma nem do mesmo ano escolar.
A estudante, que está no 7º ano e estuda na escola há sete anos, passou por exame de corpo de delito. A família registrou boletim de ocorrência e informou que pretende buscar a Justiça.
O jornalismo do O Tempo Betim entrou em contato com um homem que se apresentou como advogado da família, que informou que, por enquanto, os parentes não querem gravar entrevistas. A equipe também tentou falar com a direção da escola, mas a diretora não estava no trabalho e só retorna na próxima segunda-feira (27/10).
Um pedido de nota também foi enviado à Secretaria de Educação de Minas Gerais, que não respondeu até o fechamento desta matéria.