RETA FINAL

Candidatos da cidade apostam em controle emocional e foco para o Enem 2025

Jovens compartilham rotinas de estudo e estratégias adotadas para a reta final, antes das provas marcadas para os dias 9 e 16 de novembro

Por Marcio Antunes

Publicado em 31 de outubro de 2025 | 09:00

 
 
Sarah Barbosa, Luiz Eduardo e Victória da Matta são alguns dos mais de 10.000 candidatos inscritos de Betim Sarah Barbosa, Luiz Eduardo e Victória da Matta são alguns dos mais de 10.000 candidatos inscritos de Betim Foto: Brandon Santos e Nelson Batista

Falta menos de um mês para o Enem 2025, marcado para os dias 9 e 16 de novembro. Entre pilhas de apostilas, resumos coloridos e muita dedicação, eles buscam equilíbrio entre foco, ansiedade e descanso, essenciais para um bom desempenho. Ouvimos estudantes que têm histórias diferentes, mas um mesmo objetivo: encarar o desafio com preparo, calma e estratégia, transformando semanas de dedicação. 

A cidade tem 10.234 candidatos inscritos e, desses, 3.491 são concluintes do ensino médio, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). 

Lucas Eduardo Felipe Nascimento, de 18 anos, estudante do 3º ano da Escola Estadual Conselheiro Afonso Pena e morador do Bom Retiro, é um exemplo de perseverança. Encarando o Enem pela segunda vez — a primeira como treineiro — ele revela que dedica cerca de quatro horas diárias aos estudos nas férias. Seu objetivo é cursar biomedicina na UFMG. “Durante as férias, estudava cerca de quatro horas por dia. Depois que as aulas voltaram, o tempo diminuiu, mas continuei firme. O curso que desejo é um dos mais concorridos”, revela. 

Lucas destaca a importância de além do conteúdo. "O aspecto psicológico também é fundamental", afirma. Lucas ainda completa contando do que abriu mão. “Uma das principais mudanças foi reduzir o uso das redes sociais”, comenta o estudante.

Foco na preparação

Sarah Barbosa de Oliveira, também de 18 anos, do 3º ano da Escola Estadual Sarah Kubitschek, planeja fazer o exame pela segunda vez. Ela busca ingressar em cursos de direito na UFMG, Unimontes ou PUC Minas, e pretende fazer o exame para esse objetivo. 

Sua rotina inclui duas horas diárias de videoaulas, resolução de questões e simulados. “Abri mão de certos lazeres, como maratonar séries ou passar horas vendo filmes. Mas não fico trancada estudando”. Mesmo com o nervosismo natural, ela se sente mais confiante. "Aprendi que estudar é importante, mas cuidar da cabeça também é essencial", revela a estudante de Betim. 

Persistência e dedicação 

Victória Cajueiro da Matta, de 19 anos, moradora do bairro Filadélfia, está na sua quarta tentativa de passar no Enem. Ela quer cursar medicina na UFMG. Depois de resultados medianos nos dois primeiros anos, ela ajustou sua rotina, incluindo aulas de yoga e acompanhamento psicológico.

Depois de resultados medianos nos dois primeiros anos, ela ajustou sua rotina, incluindo aulas de yoga e acompanhamento psicológico. Hoje, estuda cerca de nove horas diárias, focando na revisão e na prática de simulados. 

Hoje, Victória tem uma rotina sólida e equilibrada. “Estudo, em média, nove horas por dia, mas sem me sobrecarregar. Tenho acompanhamento psicológico e aulas de yoga, que me ajudam a manter a calma”. O segredo, segundo ela, está em aprender com as falhas. “Já cometi erros graves, como rasgar a folha de respostas tentando resolver uma questão. Quase fui expulsa. Fazer as provas anteriores foi essencial”. 

A jovem conta que considera ser fundamental conhecer a prova que será feita e evitar se frustrar com o resultado do Enem. “A gente está na reta final para o exame. Fazer as edições anteriores me ajudou muito, e me deu muita tranquilidade. Outra coisa que me ajuda a ficar mais tranquila é ‘prever’ erros e traçar planos estratégicos para caso estes se concretizem”, completa.