PM apreende granadas e armas com suspeitos ligados a associação de transportadoras de combustível

Militares do Grupamento Especializado em Recobrimento (GER), da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), prenderam cinco pessoas, com idades entre 21 e 68 anos, sendo duas delas do Rio de Janeiro e três de Minas Gerais, durante uma operação realizada na noite dessa terça-feira (4/11), em Betim. Entre os detidos está o presidente da Associação das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados do Petróleo do Estado do Rio de Janeiro. Com o grupo, foram encontradas seis granadas, uma arma e munições.

De acordo com o tenente José Carlos Araújo, do GER, a ação teve início após denúncia de que um veículo Mercedes-Benz com placas do Rio de Janeiro estaria ocupado por homens armados. O carro foi localizado na altura da BR-381, em Betim, onde os militares realizaram a abordagem. “Durante a busca veicular, encontramos uma granada e dez munições de calibre .380. A partir daí, novas diligências foram realizadas para verificar o envolvimento de outros suspeitos”, afirmou o tenente.

Com base nas informações da abordagem, os militares chegaram a um hotel no bairro PTB e a um segundo veículo estacionado nas proximidades. No carro, foram encontradas uma pistola calibre 9 mm e 13 munições. Já no quarto de hotel, os policiais apreenderam outras cinco granadas explosivas.

Segundo o tenente Araújo, o grupo é suspeito de ter vindo a Betim para coagir trabalhadores de uma distribuidora de combustíveis local, que recentemente trocou de fornecedor, provocando demissões e mudanças nas condições de trabalho. “Há fortes indícios de que esses indivíduos vieram à cidade para pressionar os funcionários a aderirem à greve, utilizando os artefatos explosivos e as armas como forma de intimidação”, explicou o oficial.

Ainda conforme o tenente, a apreensão do material mostra a gravidade da atuação do grupo. “O fato de portarem granadas e armas de fogo demonstra que não se tratava de uma manifestação pacífica, mas de uma tentativa de impor o medo como estratégia de coerção”, afirmou.

O Esquadrão Antibombas foi acionado para recolher os artefatos, e os suspeitos foram encaminhados à Delegacia de Plantão de Betim. Eles possuem passagens por associação para o tráfico de drogas, extorsão e atentado à liberdade de trabalho.