XÔ, MOSQUITO!

Regional Imbiruçu será a segunda a receber mutirão da dengue em Betim

Equipes vão se concentrar na avenida São Caetano, na terça (25), às 8h; ações estão ocorrendo nas regiões com maior índice de infestação na cidade

Por O TEMPO

Publicado em 23 de fevereiro de 2025 | 09:00

 
 
Agentes de combate a endemias estão percorrendo imóveis para conscientizar moradores Agentes de combate a endemias estão percorrendo imóveis para conscientizar moradores Foto: Prefeitura de Betim/Divulgação

A regional Imbiruçu será a próxima a receber o mutirão de combate à dengue, nesta terça-feira (25). Agentes de combate a endemias e supervisores de campo, bem como profissionais da diretoria de limpeza urbana da Ecos e da gerência regional vão se concentrar na avenida São Caetano, a partir das 8h, para darem sequência aos trabalhos de eliminação de criadouros do Aedes aegypti – a iniciativa teve início nessa quinta-feira (20), na regional PTB. 

As equipes de saúde vão percorrer imóveis para orientar os moradores, distribuir panfletos educativos e buscar possíveis focos do mosquito transmissor de arboviroses. Já os profissionais da limpeza e da regional vão recolher materiais inservíveis e limpar pontos de descarte irregular.

“A Vigilância em Saúde (Visa) está reforçando a mobilização comunitária e os esforços de fiscalização para combater a disseminação do mosquito transmissor da dengue, da chikungunya e da zika. É importante ressaltar também que mais de 90% dos focos do Aedes aegypti estão dentro dos imóveis residenciais, em recipientes com água parada. Por isso, além dos mutirões e de toda a mobilização da gestão municipal para mapear áreas críticas, é essencial que cada morador faça a sua parte, eliminando os criadouros”, reforça a diretora da Visa, Leandra Alves de Paula.

Cerco fechado

A definição das regiões que vão receber os mutirões foi feita com base no Índice de Infestação Predial (IIP), apurado no último Índice Rápido de Aedes aegypti (LIRAa), divulgado no fim de janeiro. O IIP geral geral do município é de 3,7%, indicando médio risco para uma epidemia de arboviroses. As regionais PTB, Centro e Imbiruçu registraram índices de infestação ainda mais altos, com taxas superiores a 4%.

Nessa quinta, a ação de combate ao mosquito ocorreu nos bairros Guanabara e Presidente Kennedy. “Recebam os agentes, ajudem eles a fazer a vistoria, conheça o seu próprio imóvel e ajudem na limpeza”, ponderou a bióloga do Centro de Controle de Zoonoses e Endemias, Vânia Santos.

Moradora do Presidente Kennedy, a técnica em enfermagem Estela Ferraz aprovou a iniciativa. “A dengue é uma questão de saúde pública porque a doença mata muita gente. Cada um tem que fazer a sua parte e, com a ajuda deles \[agentes\], os índices melhoram”, avaliou.

O metalúrgico José Ferreira reforçou: “A gente cuida daqui e dali, mas, às vezes, o outro lado não é cuidado. O que podemos fazer? Vamos cuidar da nossa casa”, opinou.

Cenário mais tranquilo

O município registra, neste ano, menos casos prováveis de dengue do que no mesmo período de 2024, ano da pior epidemia em Betim. Até sábado (15), tinham sido notificados 859 casos, uma redução de 95% na comparação com os 46 primeiros dias do ano passado, quando havia 17.325 suspeitas.

(Com Nelson Batista)