A família da mulher de 37 anos que foi agredida no bairro Morada do Trevo, em Betim, na noite da última sexta-feira (9 de maio) contesta a versão das suspeitas. Segundo a irmã da vítima, Suellen Silva, de 32, não teria ocorrido desentendimento da irmã com a filha de uma das suspeitas, como alegado por uma delas inicialmente.
"Minha irmã tem transtornos psicológicos e faz acompanhamento no Caps (Centro de Atenção Psicossocial). As duas que a agrediram não gostavam da presença dela no bairro pois diziam que ela 'estava dando trabalho'. Porém, ela nunca mexeu com ninguém, muito menos com a filha de uma delas, como elas dizem", afirmou.
Segundo ela, após o crime uma das mulheres teria feito uma publicação nos stories do Instagram debochando do caso. "Foi um ato de crueldade, uma covardia, uma tentativa de homicídio mesmo", completa.
Suellen conta que as mulheres só pararam de agredir a irmã após a chegada de um amigo da família, que separou a briga. O ato foi gravado por outras pessoas que passavam pelo local.
A mulher foi encaminhada para o Hospital Regional de Betim, onde permanecia internada até a manhã deste domingo (11), quando recebeu alta. Segundo Suellen, a vítima estava com ferimentos graves.
A família também registrou outro Boletim de Ocorrência (BO) junto à Polícia Militar, com essa versão dos fatos, e aguarda por justiça. "Minha irmã não está sozinha. Ela tem três filhos, incluindo uma bebê de dois anos, e vamos fazer de tudo para que a justiça seja feita", desabafou.
O crime aconteceu na noite de sexta em um bar da região. De acordo com o primeiro BO, a agressão teria começado depois que a filha de 11 anos de uma das suspeitas contou à mãe que havia sido agredida pela vítima. A mulher, então, acompanhada da outra suspeita, foi tirar satisfação com a vítima e iniciou a violência física. Essa é a versão contestada pela família da mulher agredida.
A dupla, de 27 e 36 anos, admitiu ter desferido socos, chutes e empurrões na mulher, que sofreu hematomas no rosto, inchaço nos olhos e arranhões nas pernas.
As duas chegaram a ser detidas, mas foram liberadas após prestar depoimento. Em nota, a Polícia Civil informou que o caso continua sendo investigado.