A movimentação foi intensa no Centro de Betim nesta terça-feira (10). Desde as primeiras horas da manhã, uma longa fila se formou na porta da agência da Crefisa, chamando a atenção de quem passava pelo local. Beneficiários aguardavam atendimento com a esperança de receber um benefício financeiro, mas o que encontraram foi uma espera cansativa, sob o sol forte e sem estrutura adequada.
Entre os muitos relatos, um em especial chamou atenção: o de dona Alexandra Ramos Ferreira, moradora de Cachoeira da Prata, que viajou mais de 100 quilômetros para tentar receber o auxílio. “Eu recebia pelo Itaú e sempre acompanhava tudo pelo aplicativo. Mas ontem, quando fui olhar, o benefício não tinha caído. Então resolvi ligar para o INSS, e me informaram que o pagamento tinha sido enviado para cá. Cheguei aqui por volta das onze e meia da manhã e, desde então, não fui atendida. Não teve água, nem um café, nada pra comer… e estou sem dinheiro até pra voltar pra casa”, contou ela, já visivelmente cansada após horas de fila.
A falta de informação foi uma queixa constante entre os presentes. Muitos afirmaram que, ao fazer o cadastro, foram automaticamente direcionados para atendimento na agência de Betim, mesmo morando em outros municípios como Ibirité, Contagem, São Joaquim de Bicas e até cidades do interior. O resultado foi uma sobrecarga no atendimento e um cenário de confusão.
Procurada pela nossa equipe, a gerente da unidade informou que não estava autorizada a conceder entrevista e que a empresa se pronunciaria por meio de nota. Até o fechamento desta reportagem, o Jornal O Tempo Betim não recebeu qualquer posicionamento oficial.