A construção da ciclovia e da pista de caminhada que vão contornar a nova área de lazer e proteção ambiental da região do Citrolândia marca o início das obras do parque previsto no projeto-piloto Paraopeba Vivo – Mananciais Protegidos, da prefeitura. As estruturas terão 1,5 km de extensão e serão integradas à paisagem natural. Os serviços foram iniciados após a limpeza e a terraplanagem da área, e a previsão é que sejam concluídos até sexta (27 de junho).
A iniciativa como um todo prevê a criação de uma Reserva Pública Ecológica (RPE) para recuperar áreas ribeirinhas vulneráveis. Estão previstos ainda paisagismo, com plantio de espécies nativas como ipê-do-brejo, hibisco e costela-de-adão — vegetações adaptadas a áreas úmidas que auxiliam no controle da umidade do solo e previnem erosões; e implantação de jardins de chuva com seixo rolado, que funcionarão como sistemas de drenagem natural da água pluvial, reduzindo o risco de alagamentos e promovendo a recarga do lençol freático. Além disso, o parque contará com academia ao ar livre com equipamentos para alongamento e fortalecimento, playground com piso emborrachado para crianças, bicicletário, bancos de concreto e um coreto de 6 m de diâmetro para eventos culturais.
O projeto do Executivo, inédito no município, visa recuperar áreas ribeirinhas com histórico de alagamentos e ocupações irregulares. A área de intervenção tem 3.318,71 m² e fica ao lado do Córrego Bandeirinhas, próximo à confluência com o rio Paraopeba — uma região mapeada pela Defesa Civil como de risco permanente de inundações. Para viabilizar a obra e garantir mais segurança à população, a prefeitura promoveu a retirada das famílias que viviam no local, realizou a demolição de 27 imóveis e incluiu os moradores no Programa de Auxílio Habitacional do município.
Concebido a partir de uma abordagem multissetorial, o Paraopeba Vivo – Mananciais Protegidos também tem o objetivo de prevenir novas ocupações irregulares, reduzir riscos em regiões vulneráveis e promover o uso urbano adequado desses territórios. A implantação da RPE busca garantir que o espaço resista a condições climáticas adversas, como inundações, por meio do uso de materiais permeáveis e soluções sustentáveis que favorecem a drenagem da água e a preservação ambiental, servindo como modelo para futuras intervenções em outras áreas de risco do município.