O projeto Corredor Azul, implantado na cidade em março deste ano, chamou a atenção da capital mineira. Na manhã desta terça-feira (3), uma equipe técnica da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) esteve por aqui para uma visita oficial. O objetivo foi conhecer de perto como a Prefeitura lde Betim estruturou e colocou em prática a faixa exclusiva para motocicletas na avenida Edmeia Mattos Lazzarotti.
De acordo com a prefeitura betinense, a comitiva buscou informações detalhadas sobre todo o processo, desde a autorização junto à Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) até os aspectos técnicos da implantação. Entre os pontos observados, estavam as dimensões da faixa, os critérios adotados para segurança e os materiais usados na sinalização vertical e horizontal.
Ainda de acordo com a Prefeitura de Betim, essa foi a primeira vez que uma equipe técnica de trânsito de outro município esteve em Betim para entender na prática como funciona o Corredor Azul. A visita foi acompanhada por técnicos da Empresa de Construções, Obras, Serviços, Projetos, Transportes e Trânsito (Ecos), responsável pela execução do projeto na cidade.
Segundo o diretor de Transportes e Trânsito da Ecos, Vladimir Macedo, o grupo da capital se mostrou bastante interessado na experiência. “Eles vieram entender como se deu a implantação da primeira etapa do Corredor Azul, que hoje abrange um trecho de 3,2 quilômetros da Edmeia, com possibilidade de expansão. Eles queriam conhecer os critérios que nos levaram a adotar esse modelo, que também pode ser aplicado em Belo Horizonte, já que a capital enfrenta desafios semelhantes, como o aumento no volume de veículos, principalmente motos, e o crescimento dos acidentes. Foi uma troca bastante produtiva, com muito interesse nas soluções adotadas aqui”, destacou.
A Prefeitura de Belo Horizonte confirmou que, assim como Betim, também estuda a implantação de uma faixa exclusiva para motocicletas na capital mineira. De acordo com a BHTrans, uma análise técnica já foi realizada para avaliar os principais corredores viários da cidade, levando em conta experiências bem-sucedidas em outros municípios, como São Paulo e, mais recentemente, Betim.
O levantamento apontou que a Via Expressa – no trecho formado pelas avenidas Tereza Cristina e Juscelino Kubitschek – apresenta as melhores condições para receber um projeto piloto de motofaixa. A escolha se baseou no alto volume de motos que circulam pela via e na largura adequada das faixas, o que permite a implantação da sinalização com segurança.
Atualmente, o projeto segue em fase de elaboração interna, etapa necessária para formalizar o pedido de autorização junto à Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), já que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) não prevê oficialmente esse tipo de faixa. A BHTrans informou que, somente após essa autorização, será possível definir prazos para execução e implantação da motofaixa em Belo Horizonte.