Foi condenado a 26 anos e nove meses de prisão um dos acusados de matar e ocultar o corpo de Isabela Ferreira, de 25 anos. O julgamento ocorreu nesta terça-feira (8/7).
A jovem desapareceu em 2 de novembro de 2023, feriado de Dia de Finados, quando teria sido colocada à força dentro de um veículo no bairro Jardim das Alterosas - 2ª Seção, perto da casa dela. Até hoje, nem o corpo nem restos mortais foram encontrados, mas, segundo a promotora do caso, Gislaine Schumann, os jurados acolheram as teses apresentadas pelo Ministério Público sobre o homicídio e as suas qualificadoras, além do crime de ocultação de cadáver.
“Os júris sem o corpo para realização do exame de corpo de delito são extremamente difíceis e complexos para serem explicados e comprovados ao conselho de sentença. Foram dias de estudo, dedicação e análise dos elementos constantes nos autos, o que permitiu alcançar sucesso na sessão plenária. Após a sentença condenatória, a juíza presidente determinou a expedição de ofício ao cartório para realização da certidão de óbito e manteve o acusado preso”, afirmou Gislaine.
O condenado foi representado por um defensor público. Procurada, a Defensoria Pública de Minas Gerais informou que, em atuação nos casos da área criminal, “só se manifesta nos autos para não haver risco de prejuízo ao andamento do processo”.
A condenação desta terça-feira caracterizou a primeira parte do julgamento, já que existem outros réus indiciados pelo mesmo crime no município. O inquérito, no entanto, foi desmembrado em razão de haver supostos autores foragidos da Justiça e também um adolescente envolvido.
De acordo com a promotoria, também tramita na comarca de Belo Horizonte um processo referente a outro homicídio cometido horas antes do desaparecimento de Isabela, “em clara conexão de crimes”.
A jovem Isabela Ferreira estava em uma rua perto de casa, acompanhada dos filhos, então com 3 e 4 anos, quando teria sido levada por um carro vermelho por volta das 20h. As crianças foram deixadas na rua e acolhidas por populares.