CRUELDADE

Protetores animais cobram justiça após cão ser baleado no Marimbá

Bob, um cachorro sem raça definida, levou cinco tiros e recebeu atendimento de emergência na Sepa

Por Iêva Tatiana


Publicado em 15 de agosto de 2025 | 19:46
 
 
Cachorro foi submetido a cirurgia para remoção de projéteis e se recupera em clínica veterinária no Filadélfia

Um episódio de violência e covardia contra um cachorro de cerca de 1 ano mobilizou equipes da Secretaria Adjunta de Proteção Animal (Sepa) e protetores independentes de Betim nesta semana. Bob, um cão sem raça definida, foi baleado em uma área rural do bairro Marimbá, na regional Vianópolis, na terça-feira (12/8). Conhecido por viver nas imediações de uma empresa extratora de areia, ele se arrastou até o local após ser ferido.

Protetora animal, Ana Vitória D Carlos foi chamada para ajudar. Ela levou o cachorro para a Sepa, no Angola, onde ele recebeu os primeiros socorros, passou por cirurgia e teve o quadro estabilizado, ficando fora de perigo. Segundo Ana Vitória, Bob foi atingido por cinco disparos, sendo que três atravessaram e dois ficaram alojados no corpo dele (um na pata dianteira esquerda e outro nas costas). 

Após os procedimentos de emergência, o cão foi levado para uma clínica veterinária particular no bairro Filadélfia, onde permanece internado. "Ele seria liberado ontem [quinta-feira, dia 14], mas, como está com muito edema e dor, vai ficar mais uns dias", diz a protetora, ressaltando que o quadro é estável e que o animal não deve ficar com sequelas.

Ana Vitória conta que um grupo de policiais que também são protetores está arcando com os custos iniciais da internação de Bob. Depois de receber alta, ele será adotado pela proprietária da empresa de extração de areia.

"Nós registramos um boletim de ocorrência, e, agora, queremos divulgar bastante esse caso para que as pessoas que tiverem alguma pista sobre quem fez isso possam passar informações", sublinha a protetora animal. 

Maltratar animais é crime no Brasil desde 1998. A Lei 14.064/2020, conhecida como Lei Sansão, endureceu a pena, estabelecendo reclusão de dois a cinco anos, multa e proibição da guarda ao infrator. Se o ato resultar em morte do animal, a pena pode ser aumentada em até um terço.