O trabalho de manejo populacional de cães e gatos desempenhado pela Secretaria Adjunta de Proteção Animal (Sepa) de Betim na Colônia Santa Isabel, na região do Citrolândia, venceu o prêmio de melhor projeto da modalidade na XII Conferência Internacional da Medicina Veterinária do Coletivo, realizada em Belém (PA), entre os dias 12 e 14 deste mês.
Promovido pelo Instituto de Medicina Veterinária do Coletivo (IMVC), sediado em São Paulo (SP), o evento acontece a cada dois anos, reunindo profissionais da América Latina e dos Estados Unidos. Nesta edição, a Sepa inscreveu dois trabalhos: uma experiência de “varal de cuidados”, que aborda a guarda responsável de animais com idosos; e o “Comunidade forte, animais protegidos”, premiado na conferência.
O projeto vencedor é uma iniciação científica da aluna do curso de medicina veterinária da Una Betim Caroline Batista, que também atua como auxiliar veterinária na secretaria adjunta. Ela detalha o trabalho desenvolvido pela pasta entre 2023 e 2024 para mapear estratégias de prevenção pensadas para os animais no período chuvoso, uma vez que a região do Citrolândia é afetada pelas cheias do rio Paraopeba e do córrego Bandeirinhas.
“Entre os principais resultados [desse trabalho] está a parceria oficialmente institucionalizada entre a Sepa e a Defesa Civil. Juntos, mapeamos a população de animais nas áreas de risco, que é o primeiro passo para se chegar a um diagnóstico. Somos um dos únicos municípios do país - se não o único - com animais mapeados em áreas de risco para períodos chuvosos”, afirma a veterinária da Sepa Samilla Santos, representante da secretaria adjunta na capital paraense e uma das autoras da iniciação científica.
A veterinária acrescenta que o sucesso da iniciativa se deve ao trabalho desenvolvido em conjunto com lideranças comunitárias locais.
Segundo a profissional, o número expressivo de castrações realizadas pela secretaria adjunta, priorizando a população animal em risco, também foi exaltado na conferência. “Isso é um reconhecimento que a Sepa desenvolve políticas públicas que funcionam. Vemos muitas vezes que a agenda da proteção animal é só politicagem, mas, aqui, é uma política séria”, sublinha Samilla.