HISTÓRIA REVISITADA

Morador do Cruzeiro do Sul cria vídeos com IA para recontar a história da cidade

Hermes Luan Rodrigues reúne imagens antigas e ferramentas tecnológicas para produzir animações sobre momentos que fazem parte das memórias de Betim

Por Marcio Antunes


Publicado em 20 de agosto de 2025 | 16:03
 
 
Há cerca de um ano e meio, ele estuda e se dedica à inteligência artifical no tempo livre

O interesse pelas novas tecnologias se transformou em um projeto de preservação da memória de Betim para Hermes Luan Rodrigues, 37 anos, morador do bairro Cruzeiro do Sul. Formado em recursos humanos e pós-graduado em gestão de pessoas, ele trabalha como servidor da  Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), ligada à Ufmg, mas, no tempo livre, se dedica à edição de vídeos e à gestão de mídias sociais.

Há cerca de um ano e meio, Hermes começou a estudar inteligência artificial (IA). Depois de um curso inicial, seguiu se aperfeiçoando de forma autodidata e passou a aplicar as ferramentas digitais na criação de vídeos. “Eu já editava, mas resolvi expor meu trabalho de IA para o público há pouco tempo. Para os mais próximos, já fazia isso”, explica.

A ideia de dar vida a fotografias e registros antigos da cidade surgiu de sua ligação afetiva com Betim. “Eu cresci aqui e gosto muito da cidade. Vi que ninguém fazia esse tipo de trabalho e resolvi colocar a ideia em prática. É uma forma de contar histórias de Betim com a inteligência artificial”, afirma.

O jovem utiliza imagens geradas por IA e também recorre a acervos públicos disponíveis na internet, que são aprimorados com recursos digitais. Entre as ferramentas empregadas estão Sora, VEO 3, Pixverse, ChatGPT e Grok.

Hermes administra o projeto junto com a namorada, Rafaella de Souza Rios, que colabora com a página criada para divulgar os conteúdos. Já estão prontos vídeos sobre a Capela do Rosário e, em andamento, uma animação que abordará a história da fábrica da Fiat em Betim.

“Tenho um arsenal de vídeos produzidos, mas quero continuar com a temática de histórias da cidade. É uma forma interessante de valorizar a memória local”, completa Hermes.