Um homem de 49 anos foi preso em flagrante por militares do 33º Batalhão, no início da madrugada deste sábado (6/9), suspeito de agredir e estuprar sua própria mãe, uma idosa de 68, no bairro Vila Bemge, em Betim. O suspeito foi surpreendido por populares enquanto saía do quarto da vítima, onde o abuso teria acontecido. Ele foi autuado por estupro de vulnerável.
Segundo a Polícia Militar, vizinhos escutaram os gritos da mulher pedindo socorro e encontraram-na nua, machucada e em estado de choque. O homem foi contido e agredido por moradores até a chegada da polícia.
Ao entrarem no imóvel, os militares disseram ter se deparado com a idosa desacordada e despida em sua cama. O local apresentava forte odor de álcool, sinais de luta corporal e roupas espalhadas.
A vítima foi socorrida por uma equipe do Samu e encaminhada a uma unidade hospitalar de Betim, onde recebeu atendimento de urgência.
Ainda conforme a Polícia Militar, a técnica de enfermagem que atendeu a idosa confirmou a existência de sinais de violência sexual e hematomas pelo corpo. A equipe médica também notificou o caso como violência doméstica e recomendou internação hospitalar.
Durante a abordagem policial, os militares informaram que o suspeito confessou que havia cometido o crime. Ele afirmou que estava sob efeito de drogas e álcool e que acreditava estar possuído por uma entidade. Os policiais declararam também ter encontrado dois vídeos no celular do filho, nos quais ele aparece cometendo o abuso sexual contra a mãe.
Os vídeos foram entregues à Polícia Civil, que instaurou inquérito para investigar o caso. Segundo a PM, o suspeito, além de confessar o estupro, revelou que já havia cometido o mesmo ato anteriormente.
Vizinhos relataram aos policiais que a vítima vivia em condição de vulnerabilidade e sofria maus-tratos constantes por parte do filho. A residência em que a idosa vivia frequentemente seria palco de confusões, gritos e ameaças.
Uma moradora, que preferiu não se identificar, disse que a idosa “era tratada como prisioneira dentro de casa”. “Ela gritava pedindo ajuda, mas o portão ficava trancado. A gente não imaginava que era isso que estava acontecendo”, contou a testemunha.
Outros familiares também foram ouvidos pela polícia e relataram que a vítima vinha sofrendo abusos psicológicos há meses, e que o autor controlava os bens e a vida da mãe. Uma sobrinha, inclusive, afirmou que já havia desconfiado de possíveis abusos, mas nunca conseguiu provas.