Um jovem não identificado, com idade aparente de 25 anos, foi encontrado morto sobre os trilhos de uma linha férrea no bairro Alvorada, em Betim, na tarde do último domingo (7/9). O corpo estava sob um vagão, apresentando múltiplas fraturas, além de membros e parte da cabeça arrancados e espalhados pela linha.
De acordo com a Polícia Militar (PM), a vítima estava com as mãos amarradas. Nas proximidades, foram encontrados oito estojos de munição calibre .40, além de uma mancha de sangue a cerca de 150 metros do local onde o corpo foi localizado. Os policiais também informaram que as evidências indicam que o jovem teria sido executado e, em seguida, atropelado e arrastado pelo trem.
Segundo os militares, o solicitante da ocorrência, integrante da escolta armada da empresa VLI — concessionária responsável pela ferrovia —, informou que, por volta das 12h30, ele e o condutor de uma composição ferroviária passaram pelo local do crime. Eles não perceberam a presença do corpo sobre os trilhos, o que resultou no atropelamento e no arrasto da vítima por aproximadamente de 150 metros.
Cerca de 30 minutos depois, por volta das 13h, um outro maquinista, conduzindo uma locomotiva diferente, visualizou o corpo sobre a linha férrea e parou a composição. Populares relataram ter ouvido disparos de arma de fogo durante a manhã.
Uma testemunha contou à polícia que o primo de sua esposa estava desaparecido há cerca de 15 dias e que havia relatos sobre o envolvimento dele com drogas e furtos. Ao saber do homicídio, ele foi até o local na tentativa de verificar se a vítima poderia ser seu parente e acredita que se trata de fato do desaparecido. No entanto, devido ao avançado estado de mutilação, especialmente na região da cabeça e do rosto, não foi possível realizar o reconhecimento visual.
Após a perícia, o corpo foi removido para o Instituto Médico Legal (IML) de Betim. A confirmação da identidade da vítima só poderá ser feita por meio de exame de DNA.