TEATRO INFANTOJUVENIL

Betim recebe peça sobre a crise hídrica neste domingo

'ItUpAvA dois mil e SEM' será apresentada no Cine Frei Chico, no bairro Santa Cruz, às 16h; entrada é gratuita 

Por O TEMPO


Publicado em 15 de outubro de 2025 | 12:14
 
 
Trama é conduzida pela personagem Augá (“água” ao contrário), interpretada por Lígia Ferreira

O Centro Popular de Cultura Frei Chico, no bairro Santa Cruz, em Betim, receberá neste domingo (19/10), às 16h, a apresentação teatral infantojuvenil "ItUpAvA dois mil e SEM", que aborda ameaças da crise hídrica para o futuro do planeta. A apresentação será gratuita.  

Com trilha sonora autoral e uma narrativa que mistura ficção científica e elementos da cultura popular brasileira, o projeto criado pelo músico e compositor Flávio Araújo e pela atriz e dramaturga Lígia Ferreira propõe uma reflexão sobre os riscos da escassez de água e a urgência de repensar a relação humana com o planeta.  

A trama é conduzida pela personagem Augá (“água” ao contrário), interpretada por Lígia Ferreira, que viaja do ano 2100 ao presente em busca de soluções para reverter o colapso da água potável no planeta.

Em sua jornada, encontra Pâranã, uma pajé ancestral que carrega a sabedoria da terra e da natureza. “Mais do que alertar sobre a ameaça real da crise hídrica, a intenção é mostrar que existe esperança – e ela está nas novas gerações, mais conscientes da urgência de proteger o meio ambiente”, afirma Lígia. 

Inspirada no Caminho do Itupava, trilha indígena que corta a Serra do Mar e a Grande Reserva da Mata Atlântica, a cenografia e os figurinos misturam o ancestral ao tecnológico, em uma estética que o criador define como “tecnomisticismo”. “O encontro entre o futuro inseguro e o presente apoiado na sabedoria ancestral é cheio de simbologia. Estimulamos o imaginário do público com o que chamamos de tecnomisticismo, que mistura elementos futuristas, tecnologia e crenças místicas”, explica Flávio Araújo.

“Quando crianças e jovens entendem o valor da água, muitas vezes são eles que cobram hábitos mais conscientes dos adultos. O teatro é uma ferramenta poderosa para gerar esse tipo de percepção”, completa. 

Trilha sonora

A trilha sonora também é protagonista. Criada por Flávio Araújo em parceria com os músicos Jean Boca e Marcelo Teixeira, ela mistura vozes, instrumentos e sons da natureza. “Nessa peça, a trilha não é pano de fundo, e sim personagem. Cada batida, cada som tem função narrativa. O handpan, por exemplo, é tocado pela protagonista em cena e desperta enorme curiosidade do público”, conclui Flávio.