A trajetória de Celso Moretti, um dos nomes mais importantes do reggae mineiro, será eternizada a partir deste sábado (25), com o lançamento do documentário “Favela Negra”. A sessão acontece às 19h, na Casa da Cultura Josephina Bento, no centro da cidade, com entrada gratuita e presença dos realizadores.
Dirigido pelo cineasta argentino Sebastian Gómez e produzido por Ana Paula L. Murta, o filme retrata a vida e a obra de Celso Moretti, precursor do reggae em Minas Gerais e criador do estilo Reggae Favela, que mistura o som jamaicano à realidade das comunidades brasileiras.
A produção apresenta o artista aos 70 anos de idade e 45 de carreira, que vive em Betim, até a criação de sua principal obra plástica, “Favela Negra”, uma instalação com mais de 8 metros cúbicos que simboliza, em arte e forma, a essência de sua música autoral.
“A gente vai vivendo e fazendo as coisas, sempre com a intenção de agradar alguém. Quando a gente percebe que alguém viu e gostou é um momento pleno de felicidade. Quando veem e te colocam como destaque e homenagem é o ápice. Só agradecer!”, afirma Celso Moretti.
O documentário, de 45 minutos, foi produzido de maneira independente e contou com o apoio de empresas patrocinadoras. A obra está matriculada na Ancine (Agência Nacional do Cinema) e não recebeu incentivos públicos para sua realização.
“O meu interesse em escrever o documentário sobre o Moretti foi o mesmo que tive ao fazer StrelaCustica: mostrar o ser humano por trás do artista. É a alma que dá vida a tudo o que vem depois, o que as pessoas veem no palco. O que temos é o registro do Moretti sendo o Moretti — não só o cantor, mas também o artista plástico e, mais do que tudo, a pessoa”, explica o diretor Sebastian Gómez.
O evento de lançamento tem apoio da Secretaria Municipal de Cultura de Betim, que cedeu o espaço para a exibição. Para o público que não puder comparecer na estréia, o documentário também será exibido no Cineclube Grupatum, no sábado seguinte (1° de novembro).