EXCELÊNCIA

Produção da Vale Verde, de Betim, é destaque em concurso mineiro de cachaças

Vale Verde Extrapremium ficou com o troféu Diamante, e a 12 Anos levou o Ouro; premiação ocorreu em BH, na segunda (17)

Por Lisley Alvarenga

Publicado em 20 de novembro de 2025 | 09:00

 
 
Produção da cachaça Vale Verde é feita no antigo parque ecológico da empresa, na região do Vianópolis Produção da cachaça Vale Verde é feita no antigo parque ecológico da empresa, na região do Vianópolis Foto: Brandon Santos

A produção artesanal de cachaças de Betim subiu ao lugar mais alto do pódio no 2º Concurso de Avaliação da Qualidade das Cachaças de Alambique e Aguardentes de Cana Mineiras, realizado em Belo Horizonte, nessa segunda (17). A Cachaçaria Vale Verde, que produz toda sua linha no antigo parque ecológico instalado na região do Vianópolis, garantiu os dois primeiros lugares na categoria Cachaça Premium ou Extrapremium. 

A Vale Verde Extrapremium ficou com o troféu Diamante, alcançando nota acima de 95 pontos – foi a bebida com maior nota do concurso –, e a Vale Verde 12 Anos levou o Ouro, completando a dobradinha betinense. 

“Em todo o processo de produção, a gente trabalha para conseguir o melhor, mas atingirmos uma pontuação acima de 95 pontos é uma surpresa muito gratificante. É uma honra ter recebido essa premiação e ter nosso trabalho reconhecido e valorizado, o que nos inspira a seguir nosso trabalho com ainda mais dedicação e entusiasmo”, afirma o gerente de produção e responsável técnico da destilaria Vale Verde, Daniel Fornari. 

O fundador da cachaçaria, Luiz Otávio Possas, explica que o processo produtivo adotado em Betim é responsável por boa parte da qualidade alcançada. Ele destaca que a Vale Verde opta por métodos que elevam o padrão, mesmo que isso reduza o rendimento. “Enquanto uma tonelada de cana costuma render 200 litros de cachaça, aqui saem cerca de 100. Isso porque descartamos toda a ‘cabeça’ da destilação e usamos só o álcool realmente bom”, detalha. 

Possas também explica que a produção da Vale Verde faz uso de fermentação natural, sem aditivos, e sistemas de filtragem com resina catiônica e carvão de pinus americano, uma técnica inspirada em processos usados no Tennessee, nos Estados Unidos, para produção de uísque. “É um trabalho mais lento, mais caro, mas que faz diferença. E tudo é feito aqui, em Betim, desde o corte da cana até o engarrafamento”, reforça.

Sobre as campeãs

A Vale Verde Extrapremium, vencedora do Diamante, passa por envelhecimento em carvalho e é reconhecida por aromas que combinam madeira, baunilha e especiarias. No paladar, ela apresenta equilíbrio entre álcool e madeira e suavidade proveniente do tempo em barril. A cachaça tem 40% de graduação alcoólica.

Já a Vale Verde 12 Anos, medalha de ouro, também amadurece em carvalho europeu. A cachaça traz cor âmbar-dourado, aroma com notas de cana, baunilha e madeira, acidez equilibrada e toques de frutas secas no sabor, além de final mais longo. Assim como a Extrapremium, ela possui 40% de teor alcoólico.