MÚSICA E HISTÓRIA

DJ e pesquisador do forró pé de serra se apresenta em encontro nesta quinta

Tiago Mogli vai dar o ritmo a evento promovido semanalmente para amantes do gênero 

Por Iêva Tatiana

Publicado em 12 de março de 2025 | 16:01

 
 
DJ Tiago Mogli, de Betim, também é um pesquisador do forró pé de serra DJ Tiago Mogli, de Betim, também é um pesquisador do forró pé de serra Foto: Arquivo pessoal

Pesquisador e entusiasta do forró pé de serra, o DJ betinense Tiago Mogli vai dar o ritmo a mais um encontro semanal promovido por um grupo de amantes do gênero musical que teve o seu apogeu no país no início dos anos 2000. O evento acontece nesta quinta-feira (13 de março), a partir das 20h, no Los Pablitos Pub (rua do Rosário, 406, no Angola). Os ingressos podem ser adquiridos pela plataforma Sympla.

Segundo Tiago, professores, alunos e adeptos do pé de serra da cidade resolveram, em meados do ano passado, promover esses encontros para poderem dançar e trocar ideias sobre forró. Toda quinta-feira, eles se reúnem no mesmo espaço e são embalados por DJs, cantores e bandas diferentes. Hoje, o grupo reúne pessoas de várias idades, mas a turma 30+ predomina, de acordo com o pesquisador.

“O movimento ainda é muito forte em Belo Horizonte, onde ocorrem eventos de segunda a segunda, e até mais de um por dia. No Brasil, são realizados de 15 a 20 festivais por ano. Na Europa, eles acontecem em Portugal, na Inglaterra, na Suíça e na Alemanha, por exemplo. Betim tem muitas escolas, mas poucos eventos, e eles são importantes para as pessoas se conhecerem e se informarem”, pontua o DJ.

Estudioso do gênero, Tiago ressalta que, atualmente, o forró pé de serra é pouco conhecido pelo público em geral, que muitas vezes até o confunde com o piseiro. “É uma cultura que sempre esteve viva. Teve o seu boom nos anos 2000, e, depois, saiu da mídia tradicional. Porém, ainda tem muitos frequentadores, que também são fomentadores e sentem vontade de levá-la a outras pessoas”.

História

Tiago, de 40 anos, conta que começou a gostar de forró por volta de 1999, quando estourou o estilo conhecido como “universitário” no Brasil. Formado em tecnologia, muitos produtores e DJs o procuravam para fazer cópias de discos e matérias da época. Em 2002, ele se tornou um colecionador de músicas, conforme ele mesmo se define. 

Por volta de 2010, Tiago se tornou produtor musical e passou a se interessar também pela história. Quatro anos mais tarde, se especializou como DJ e começou a apresentar os resultados das suas pesquisas em forma de apresentações artísticas. “Com esse trabalho, já me apresentei nos principais festivais de Minas Gerais e fui residente em casas de Betim e Contagem. Também estive em eventos no Rio de Janeiro, no Espírito Santo e em São Paulo”, relembra.

Segundo o betinense, a pesquisa musical é um trabalho constante. Além dos artistas que popularizaram o forró - sendo Luiz Gonzaga um dos maiores expoentes -, todos os dias surgem novos nomes na cena musical. “Hoje, meu foco é unir passado e presente. Mostro muita coisa nova, mas sem me esquecer das raízes”.

O trabalho de Tiago pode ser acompanhado pela página dele no Instagram: @tiago_mogli.