Conhecer a história do avô, o ex-jogador do Atlético Jacinto Franco do Amaral, o Moreno, motivou o jornalista, ator e cineasta Bernardo Franco na busca por relatos que fazem parte do documentário “Meu avô: campeão do gelo”. A produção é roteirizada e dirigida por ele e pelo xará Bernardo Silvino. A primeira exibição já tem data marcada: na terça-feira (13), às 19h, no Bar Território do Galo (rua Cristina Maria de Assis, 173, Califórnia - Belo Horizonte).
De acordo com Franco, de 28 anos, a homenagem é uma forma de respeitar as raízes e se aproximar da história do avô. “Eu fui conhecendo ele nesse processo de fazer o filme. Juntamente com o Silvino, topamos fazer esse projeto de maneira independente. A importância desse documentário é mostrar que, para além da idolatria do futebol, cada um tem uma história. Principalmente depois de uma excursão como foi a do Campeonato do Gelo”, disse Franco.
“Ao mesmo tempo, eu queria saber quem foi meu avô. Quando ele morreu, eu tinha aproximadamente 5 anos e não tive muito contato com ele”, completou.
Os depoimentos foram gravados com familiares, que moram em Betim, e pessoas ligadas ao Clube Atlético Mineiro, incluindo a entrevista com um dos campeões do Gelo e destaque atleticano, o atacante Vavá. O filme retrata a trajetória de Jacinto Franco do Amaral, o Moreno, e a batalha alvinegra em solo estrangeiro para conquistar um dos principais títulos da sua galeria.
Moreno no Atlético
Morador de Betim, Jacinto Franco do Amaral se dividia entre a casa na cidade e os treinos em Belo Horizonte. O lateral direito vestiu o manto alvinegro entre 1947 e 1954. Ele disputou 77 partidas pelo Galo e conquistou quatro Mineiros, além de fazer parte do elenco que conquistou o Campeonato do Gelo em 1950.
Perguntado sobre algo que marcou durante as gravações, Bernardo Franco destacou o momento com os familiares. “Um dos momentos que mais me impactou foi durante a gravação com um dos meus tios, o tio mais velho. Ele costuma ser uma pessoa muito fechada, e eu nunca tinha visto ele chorar. E também sobre uma fala do meu pai, quando ele falou de uma lembrança com meu avô, sobre a última partida que assistiram juntos, em 1977”, recordou.
Além do cineasta betinense, outros nomes foram importantes na produção do documentário. Entre eles o diretor, roteirista e montador Bernardo Silvino, responsável pela Coragem Filmes. Matheus Fleming foi o responsável pela trilha sonora, e Thácio Palanca atuou na mixagem e na finalização de som.