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EVITE ACIDENTES

Preparo e atenção: cuidados essenciais para praticar a corrida de rua

Com a popularidade cada vez mais em alta, a atividade física também oferece riscos de lesões, quedas e até atropelamentos

Por Marcio Antunes

Publicado em 07 de novembro de 2025 | 09:00

 
 
Edna da Silva Lobo, José Luiz da Costa, Lucas Ribeiro dos Reis contam detalhes das lesões sofridas pelos corredores recentemente Edna da Silva Lobo, José Luiz da Costa, Lucas Ribeiro dos Reis contam detalhes das lesões sofridas pelos corredores recentemente Foto: Carolina Miranda e arquivo pessoal

A procura pelas corridas de rua tem feito com que os betinenses deixem o sedentarismo e adotem a atividade física como hábito. Porém, tanto para quem está começando, quanto quem já é veterano, há cuidados que precisam ser tomados para evitar incidentes indesejáveis como quedas, lesões e até atropelamentos.   

A salgadeira Edna Roberto da Silva Lobo, de 53 anos, moradora do bairro Betim Industrial, sabe bem o que isso significa. Apaixonada pelas pistas, ela se lesionou durante uma corrida em Contagem, após participar, no dia anterior, do Circuito dos Parques, em Betim. “Eu tive uma lesão no calcanhar devido à falta de fortalecimento e descanso adequado. Fiquei um ano longe das pistas e acabei desenvolvendo ansiedade e depressão. Hoje estou voltando devagar, no meu tempo, e fazendo tudo direitinho”, conta Edna.

O empresário Lucas Ribeiro dos Reis, de 31 anos, morador do bairro Santa Fé, também enfrentou um desafio semelhante. “Tive uma lesão no nervo ciático por falta de fortalecimento. Fiquei um mês parado antes da Maratona do Rio. Depois de acompanhamento com fisioterapeuta e quiropraxia, consegui me recuperar e completar a prova em menos de três horas”, relata. Ele destaca que, com acompanhamento adequado, foi possível corrigir falhas de postura e prevenir novas dores.

No dia 9 de julho, foi a vez de José Luiz Salviano da Costa, 38 anos, barbeiro, morador do bairro Santa Lúcia, se machucar. O episódio foi durante uma corrida solidária na rua do Rosário, perto da praça do Óleo. “Durante a corrida, me distraí e pisei em um olho de gato, torcendo o pé e causando a quebra do meu pé esquerdo. Estou recuperado e, após a lesão, já fiz três provas”, contou.

O fisioterapeuta e quiropraxista Mitchell Martins, que atende atletas e corredores em Betim, alerta que a prevenção deve começar antes da dor aparecer. “O primeiro sinal é a sensação de corpo travado, mesmo sem dor. Esse é o momento ideal para procurar um fisioterapeuta esportivo”, explica. Segundo ele, o desalinhamento da coluna e do quadril é uma das principais causas de sobrecarga e dores. “A pelve é a base do movimento. Quando está desalinhada, o corpo compensa, o que gera desgaste e aumenta o risco de lesões.”

Mitchell  Martins reforça que o corredor precisa respeitar os limites do corpo. “Não se cobre demais. O corpo evolui mais devagar que a vontade de correr. Aumentar o volume de treinos acima de 10% por semana é um erro comum e pode levar a inflamações e até fraturas por estresse”, afirma. Ele também orienta a trocar o tênis quando o solado apresentar deformações e destaca que o conforto é mais importante do que a marca ou o modelo.