Atleta disputou três categorias e conquistou pódio em todas; destaque para a medalha de ouro na categoria kata
Foto: Arquivo pessoal
Atleta disputou três categorias e conquistou pódio em todas; destaque para a medalha de ouro na categoria kata
Foto: Arquivo pessoal
O karateca betinense Rodrigo Freitas está retornando da Argentina com três medalhas no peito após representar a Seleção Brasileira no Campeonato Sul-Americano de Karatê, disputado em Catamarca, de 12 a 14 de dezembro. Na competição internacional, o atleta disputou três categorias e conquistou pódio em todas: foi campeão na categoria kata e vice-campeão nas disputas de kata por equipe e kumite.
Segundo Freitas, apesar da preparação física intensa, a competição exigiu muito do aspecto emocional. “Fisicamente eu estava preparado. Eu fiquei 30 dias treinando na Europa, praticamente todos os dias. A parte física foi tranquila, mas a questão psicológica pesa muito. A responsabilidade é grande”, relata. Ele destaca que o apoio da família foi decisivo antes das lutas. “As mensagens que eu recebi da minha família, da minha esposa e das pessoas que acreditam em mim contribuíram muito para a questão psicológica. Antes de competir, eu ouvi um áudio que minha esposa me mandou. Isso mentalmente me fortaleceu demais”, afirma.
O atleta também ressalta o peso de disputar uma competição internacional, enfrentando adversários desconhecidos. “Traz uma responsabilidade bem maior. Aqui fora você luta com pessoas que não conhece, não sabe como treinam. No Brasil a gente já conhece os atletas. Lá fora tudo é muito novo, e isso pesa bastante”, explica. Nas finais do Sul-Americano, Rodrigo enfrentou atletas do Chile. Nas fases iniciais da competição, ele enfrentou atletas de outros países, como Uruguai, Panamá e Argentina.
Profissional de educação física, Rodrigo pratica karatê desde os 10 anos de idade e completa, em 2026, 40 anos dedicados à modalidade. Para ele, a formação profissional contribui diretamente na preparação esportiva. “O esporte veio antes da profissão, mas ser da educação física me ajuda muito. Eu sei dosar e modular meu treino, criar ciclos e projetos para chegar da forma que eu quero nas competições”, destaca. Além do karatê, ele também pratica triatlo e maratona aquática como complemento aos treinos.
O próximo desafio no horizonte é o Campeonato Mundial, que será disputado em Malta, em maio de 2026. Rodrigo já está convocado e integra a Seleção Brasileira, mas reconhece que a participação ainda depende de condições financeiras. “A vontade de ir é muito grande. Já estou convocado, mas talvez eu não consiga ir por questões financeiras. Ainda é um sonho, mas sigo com esperança”, afirma.
Ao comentar a conquista das medalhas, o atleta faz questão de dividir o resultado com quem esteve ao seu lado ao longo da trajetória. “Eu devo muito disso tudo ao meu professor, Sensei Kim, e à equipe. Treino no CT Fênix, com quem me acompanha há todos esses anos. Carreguei o nome de uma equipe que eu amo, além da minha família. Eles foram fundamentais para que essa vitória acontecesse”, finaliza.