Aos 9 anos, atleta de Betim conquista ouro em campeonato de jiu-jítsu na Itália

O pequeno Gabriel Rodrigo Gomes Vieira, de 9 anos, acaba de retornar da Itália com uma conquista de peso: a medalha de ouro no European Kids IBJJF Jiu-Jitsu Championship 2025, uma das competições mais importantes do calendário mundial da modalidade voltada para crianças. Morador do bairro Gentileza, de Betim, o jovem atleta treina jiu-jítsu desde os 6 anos e, atualmente, representa a equipe Pit Bull Team Matriz, de Belo Horizonte.

A trajetória até o pódio europeu foi marcada por fé, apoio familiar e superação. A viagem para a Itália era um sonho antigo da família, mas sem recursos financeiros, os pais de Gabriel – a dona de casa Luana Silva Gomes e o microempresário Rodrigo Júnior Gomes Vieira – chegaram a organizar uma rifa solidária, que teve pouca adesão.

“Já era um sonho nosso levar ele para competir fora. Fizemos a rifa, mas não tivemos sucesso. Mesmo sem dinheiro para a viagem, seguimos em frente. Foi quando surgiu uma pessoa muito boa no caminho do meu esposo, que orientou ele em tudo. E os avós paternos decidiram fazer um empréstimo no banco. Assim conseguimos que ele e meu marido viajassem”, contou Luana.

Experiências esportivas  

Gabriel, que é faixa cinza com preto, começou no jiu-jítsu após tentativas frustradas em outros esportes como natação e futebol. A escolha pelo tatame veio após uma conversa entre o pai e um amigo barbeiro.

Apesar do receio inicial da mãe em relação à luta, Gabriel logo se identificou com o esporte e, em poucos meses, já conquistava títulos. “Ele mesmo falou que não queria mais o futebol, só o jiu-jítsu”, lembra Luana.

Desde então, com o incentivo do pai, Gabriel passou a competir em torneios de alto nível de diversas federações. Com apenas três anos de treinos, o atleta soma mais de 100 medalhas, 9 cinturões e um troféu.

A história do jovem campeão começou ainda na barriga da mãe, quando a avó paterna profetizou: “esse vai ser o medalhista da vovó”. Anos depois, a previsão virou realidade. Agora, com o ouro europeu no currículo, Gabriel segue determinado. “Ele fala que quer viver de jiu-jítsu”, diz a mãe, emocionada.