O Betim Futebol anunciou a criação de sua primeira equipe de futebol 7 com um propósito que vai além da bola rolando. A nova formação, composta por atletas amadores e influenciadores digitais, marca uma estratégia do clube para se conectar com o público mais jovem que, segundo a equipe, consome futebol por cortes de vídeos, memes e bastidores nas redes sociais.
Inspirado por formatos de sucesso como a Kings League, da Espanha, o projeto mistura performance esportiva com produção de conteúdo, com foco em plataformas como TikTok, Instagram e YouTube. O objetivo é transformar cada treino, jogo ou conversa em campo em narrativas envolventes, pensadas para o torcedor conectado.
“Futebol hoje é linguagem. E, se não falarmos a mesma língua do novo torcedor, ficamos para trás”, afirma o presidente do clube, Fred Pacheco. Ele destaca que a proposta é transformar o futebol em uma experiência mais interativa, em que o torcedor se veja representado, participe e se divirta.
O vídeo de apresentação da equipe foi lançado nas redes do clube com participação dos influenciadores Pedro Ivo e Wallison Rocha. Nele, os criadores brincam com a ideia de chegar à Kings League, liga criada pelo ex-jogador Gerard Piqué, que mistura esporte e entretenimento e atrai milhões de visualizações mundo afora.
Para o coordenador de marketing do Betim, Danilo Moraes, o projeto é uma construção de longo prazo. “A Kings League inspira, mas nosso foco é criar algo sólido aqui. Queremos conexão real com o torcedor local e digital”, explica.
Além de vitrine para o clube, a equipe de Fut7 será um espaço de experimentação de formatos e linguagens. A comissão técnica e o elenco foram escolhidos não só pelo conhecimento de futebol, mas também pela familiaridade com produção de conteúdo.
Entre os nomes confirmados no elenco está o goleiro Wallison Rocha, que avalia o projeto como um marco no futebol mineiro. “Um clube licenciar a sua marca para o Fut7 como iniciativa de marketing é disruptivo. No geral, aqui em Minas e no Brasil, os times de Fut7 não têm essa pegada de contar com influenciadores como jogadores. Com a presença deles, a nossa expectativa é que a equipe e a própria competição tenham mais visibilidade. As marcas que apostarem no projeto também poderão se conectar com esse novo jeito de mesclar esporte e entretenimento. É fazer um marketing que não parece marketing, como as novas gerações se identificam”, afirma.
Para o diretor de marketing, Cristiano Pedrosa, o perfil do torcedor mudou. “Hoje, ele quer participar, influenciar, ser parte da história. Por isso, pensamos em cada jogador como um personagem e cada jogo como uma história a ser contada”, destaca.