União Brasil: PGR pede abertura de inquérito contra Bivar por suposta ameaça
Atual presidente do partido acusa o deputado de ter feito ameaças a ele e a familiares
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que instaure um inquérito para investigar o deputado federal Luciano Bivar (União-PE), ex-presidente do União Brasil, por suposta ameaça ao novo presidente do partido, Antonio de Rueda.
As ameaças teriam como pano de fundo a disputa pelo comando da legenda, na qual Rueda derrotou Bivar, que afirmou haver irregularidades no processo. O deputado tentou impedir a convenção, mas seus adversários aprovaram um recurso para garantir o encontro.
Bivar teria ofendido e ameaçado Rueda e seus familiares, inclusive sua filha de 12 anos, e praticado violência política contra sua mulher, Maria Emília Rueda, que é tesoureira do partido.
Rueda entrou com uma representação criminal contra Bivar na Delegacia Especial de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil do Distrito Federal. Como o acusado é um deputado federal e tem foro privilegiado, o caso foi direcionado para o STF. O relator é o ministro Nunes Marques.
Um vídeo publicado pelo portal Metrópoles mostra uma conversa dos dois ao telefone, por volta das 23h de 26 de fevereiro, três dias antes da convenção que elegeu Rueda. No breve trecho, uma voz, que seria de Bivar, diz a Rueda que “acabaria” com o parente dele. O vídeo não mostra o contexto da conversa.
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A crise no União Brasil escalou ainda mais após casas de veraneio de Rueda terem sido incendiadas no dia 11 de março, em Pernambuco, estado de Bivar. Os caciques do União Brasil tratam o episódio como crime político e apontam Bivar como principal suspeito. Ele foi afastado da presidência da sigla, cargo que ocuparia até o fim de maio, e seu processo de expulsão corre no Conselho de Ética.
A defesa de Rueda também pediu que o deputado seja investigado por suposto envolvimento no episódio. Luciano Bivar nega ter qualquer relação com o incêndio.