TECNOLOGIA

Sabe o que é mais curioso sobre o futuro? Ele não assusta as crianças

Quem mais fala sobre ele é quem mais tem medo dele

Por Inovação e marketing

Publicado em 16 de outubro de 2025 | 19:25

 
 
Crianças têm usado recursos da IA no aprendizado Crianças têm usado recursos da IA no aprendizado Foto: Imagem gerada por IA / ChatGPT
Inovação e marketing
Colunista de Opinião
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Enquanto adultos discutem se robôs vão roubar empregos, as crianças estão pedindo pra Alexa contar piadas ou perguntando como desenhar um dinossauro de skate.

Elas não estão com medo. Estão brincando.

Esses dias, uma mãe contou numa reunião que a filha dela estava tirando notas incríveis em matemática. As respostas vinham rápido demais. Quando ela descobriu, riu: a filha estava estudando com ajuda da Alexa. Não era trapaça. Era curiosidade.

Era a tecnologia sendo usada como extensão do brincar, e não como ameaça.

Nós, adultos, é que desaprendemos isso.

Fomos ensinados a não apertar o botão errado, a ter medo de errar, a achar que inovação é coisa de quem entende muito.

Mas quem entende mesmo é quem tenta.

A criança aperta todos os botões só para ver o que acontece.

E é justamente aí que mora a essência da inovação: curiosidade, erro, aprendizado.

Enquanto a gente fala sobre transformação digital, elas já vivem isso sem nem saber o nome.

Enquanto a gente debate ética na IA, elas estão aprendendo, naturalmente, que a máquina responde o que a gente pergunta, e que tudo depende do jeito que a gente pergunta.

Uma pesquisa recente feita na Universidade de Berkeley, na Califórnia, mostrou que crianças entre 5 e 12 anos, depois de brincar com ferramentas de IA, passaram a associá-las a ideias positivas, como descoberta, ajuda e diversão.

Ou seja, o medo não nasce com a gente. Ele é aprendido.

A curiosidade, sim, é natural.

E quando a gente reprime essa curiosidade, a gente poda também a nossa capacidade de criar.

Especialistas também alertam que o uso prolongado e passivo de ferramentas de inteligência artificial pode gerar prejuízos cognitivos, principalmente em crianças pequenas, reduzindo a atenção e a capacidade criativa quando a tecnologia é usada sem mediação.

Por isso, o desafio não é afastar as crianças da IA, mas ensiná-las a usar com propósito.

A diferença entre estímulo e dependência está em quem conduz a experiência.

A geração que cresce hoje não teme o novo. Ela o incorpora.

Porque o futuro não é assustador. Ele só é rápido.

E quem ainda brinca, enxerga o rápido como possível.


Dica da Semana

Quer ver a mágica acontecer?

Acesse o site suno.com e peça para a criança ao seu lado inventar uma música. Escreva o que ela quiser: sobre o cachorro, o lanche da escola ou o sonho de voar.

Em segundos, a ideia vira som.

É a curiosidade virando criação.

Outra dica: use o ChatGPT para criar um “Bobby Goods”: um boneco de desenho inspirado na foto dessa criança, com nome, personalidade e uma pequena história.

Talvez descubra que aprender com uma criança é o jeito mais humano de entender o futuro.

Coloque uma foto do seu filho e cole esse prompt:

Transforme a criança da foto em uma ilustração no estilo Bobby Goodes, mantendo ao máximo seus traços originais, expressões, penteado, formato do rosto e características marcantes, mas com contornos delicados, linhas suaves e atmosfera lúdica.

Crie ao redor dela um cenário infantil e fofo, com elementos que transmitam alegria e imaginação — como flores, brinquedos, livros, bichinhos, céu com nuvens fofas e grama — mantendo tudo em preto e branco, pronto para colorir.

O estilo deve ser doce, suave, limpo e encantador, com um toque sonhador e detalhes delicados, como pequenos corações, estrelas ou desenhos sutis nas roupas. A composição geral precisa parecer um mundo mágico e acolhedor, preservando a essência da criança original e adicionando esse universo criativo ao redor.