O que é ter saúde?

Por mais que pareça óbvio dizer que a pessoa está saudável quando não está doente, ter saúde vai bem além da ausência de enfermidades. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1946, definiu saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas como a ausência de doença ou enfermidade. Isso significa cuidar não apenas do corpo, mas também da mente e das relações sociais, buscando equilíbrio em todas as áreas da vida. 

No cenário atual, as doenças crônicas (como diabetes, hipertensão, obesidade, doenças cardiovasculares e respiratórias) têm crescido de maneira assustadora. Essas condições, por muitas vezes silenciosas no início, comprometem a qualidade de vida e podem levar a complicações graves quando não identificadas a tempo e tratadas adequadamente. 

Por isso, prevenir é a melhor ferramenta que temos para buscarmos saúde na totalidade. 

Escolhas que impactam diretamente a maneira como envelheceremos: 

Alimentação

Quem entra muito no sacolão pisa pouco na farmácia. Essa frase é minha e repito diariamente no meu consultório. 

Não dá para falar em vida saudável sem mencionar a alimentação, uma vez que hábitos alimentares saudáveis são importantes para a prevenção ou o surgimento de doenças. Desembale menos, descasque mais. Alimentos in natura sempre serão melhores escolhas e terão muito menos aditivos, calorias, sódio e açúcares. 

Exercício físico  

Aqui é importante ressaltar que a atividade física é qualquer movimentação do dia a dia que resulte em estímulo dos músculos e em gasto energético, como andar, correr ou subir escadas. Já exercícios físicos são práticas programadas, com sequência de movimentos que buscam um objetivo concreto (natação, musculação, caminhada, pilates e todas as demais modalidades). Com isso, todo exercício físico é uma atividade física, mas nem toda atividade física é um exercício físico. 

A prática regular de atividade física aumenta a liberação dos neurotransmissores ligados ao humor: a serotonina e a endorfina. 

Nesse sentido, colocar o corpo em movimento ajuda a melhorar o humor, os sintomas da ansiedade, bem como os quadros de depressão e estresse. Além disso, a atividade física protege e melhora o sistema imunológico, fortalece os ossos e os músculos, evita problemas nas articulações, melhora a flexibilidade, a capacidade funcional e também o sono. 

Saúde mental

Nada impacta mais nossa saúde mental que o convívio social. O ser humano é sociável por natureza. Então, estreitar laços e desenvolver um vínculo afetivo é muito importante para manter a mente saudável. 

A tecnologia nos ajuda a estar próximos dos que estão longe, mas tem afastado quem mora dentro da própria casa. Sentar à mesa, conversar, saber como foi o dia de cada componente da família são o primeiro passo para estabelecermos vínculos fortes dentro de nossas casas. 

Mas tão importante quanto o relacionamento com outras pessoas é o relacionamento com nós mesmos. E nossa saúde mental também está diretamente ligada à satisfação interior. Nesse sentido, o primeiro passo para desenvolvermos tanto uma boa autoestima quanto o amor-próprio é o autoconhecimento. 

Conhecer as próprias limitações, forças e fraquezas nos ajuda a lidar e a conviver com as sensações adversas que nos afetam. O amor-próprio é um exercício diário e constante, que passa pela aceitação e pela reconciliação com você mesmo. Afinal, se você não consegue estar bem consigo possivelmente isso impactará outras áreas da vida. 

Por último e não menos importante: invista em prevenção. 

Faça acompanhamento médico periódico, mantenha exames de rotina atualizados e não caia no conto do vigário do: quem procura acha, pois quem acha trata a tempo. 

Um abraço!
CRMMG 48892/RQE 36289
@draanamariareimer