Em um movimento inédito em Betim, o candidato a prefeito pelo União Brasil, Heron Guimarães, defende a implantação de uma política do autista na cidade para atender de forma mais eficaz as necessidades de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outros espectros. Enquanto esteve à frente das secretarias de Saúde e de Gabinete na atual gestão administrativa da cidade, Heron se reuniu com mães de autistas de Betim e ouviu demandas do público, as quais, segundo ele, contribuíram muito para a elaboração do plano de governo do candidato e de sua vice na chapa, Cleusa Lara (PL), atual vice-prefeita do município. Os dois começaram a lançar suas propostas de governo em todas as regiões de Betim no último sábado (17), quando deram início à campanha Betim no Rumo Certo. Nessa sexta-feira (23 de agosto), foi a vez do Petrovale.
A dupla é apoiada pelo prefeito Vittorio Medioli (sem partido) e 18 partidos, que formam a Coligação Betim do Bem, a que agrupou o maior número de siglas até hoje na histórica política da cidade.
Segundo os postulantes, a política do autista terá como pilar a criação de uma Secretaria Adjunta de Educação Inclusiva. De acordo com o plano de governo de Heron e Cleusa, por meio da nova pasta, será criado um centro de acolhimento multidisciplinar para os betinenses com espectros que demandam um atendimento especial.
Outra iniciativa defendida por eles é a implantação de uma central on-line que ficará responsável por gerenciar as pessoas em crise. Heron e Cleusa também querem ampliar os espaços sensoriais em áreas públicas, escolas e equipamentos municipais.
A política do autista a ser implantada vai impulsionar ainda a criação de um programa de educação e qualificação para profissionais da área e para as famílias que precisarem.
“Temos um olhar especial para essas pessoas, que precisam de iniciativas do poder público pra serem realmente amparadas e terem uma rede de apoio fortalecida e diversificada. Estamos muito engajados nesse tema e vamos atuar fortemente para implantar todas as nossas propostas”, afirmou Heron Guimarães à reportagem de O Tempo Betim.
Cleusa acrescentou reforçando a necessidade do acompanhamento das famílias atípicas com um suporte psicossocial. “Felizmente, esse tema tem ganhado mais espaço nas discussões políticas e educacionais e, em Betim, as discussões, que se fortaleceram nos últimos meses, vão se transformar em políticas públicas”, concluiu a vice-prefeita.