
O juiz Élito Batista de Almeida, que atuou por dez anos na 3ª Vara Cível de Betim, entre 2007 e 2017, acaba de chegar ao topo da carreira na magistratura mineira. Ele tomou posse como desembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), em cerimônia realizada em Belo Horizonte, no último dia 14. Cidadão honorário de Betim, Élito construiu uma trajetória marcada por passagens em diversas comarcas do estado, mas deixa claro que Betim teve papel especial em sua vida profissional e pessoal.
A história de Élito no direito começou em 1992, quando ingressou na Defensoria Pública de Minas. O magistrado ainda atuou no 2º Tribunal do Júri e nas varas criminais da capital, até ser aprovado, quatro anos depois, no concurso para juiz do TJMG. Desde então, passou por cidades como Betim, Governador Valadares, Mesquita, Minas Novas, Carangola, Coronel Fabriciano e BH. Ele também foi juiz auxiliar de segunda instância no Núcleo de Justiça 4.0, uma das frentes de digitalização do Judiciário mineiro.
“Entramos como juiz substituto, muitas vezes em cidades pequenas, onde um juiz resolve tudo. Depois, avançamos para comarcas maiores, como Betim. O último degrau é o cargo de desembargador, que é estadual. Acima disso, estão STF e STJ, mas aí já são nomeações políticas, não fazem parte da carreira do juiz”, explica.
Segundo o desembargador, cada comarca por onde passou moldou sua forma de interpretar o direito. “Ele não é exato. A realidade local muda tudo. Betim, por exemplo, é uma cidade que guardo no coração. Tive uma experiência aí muito proveitosa. Convivi com várias administrações. Quando saí, o Vittorio (Medioli) estava entrando para o primeiro mandato como prefeito, e fui muito bem recebido por ele”, contou o magistrado.
Agora, ao assumir o cargo de desembargador, Élito falou sobre as responsabilidades do novo posto. “O grande desafio do direito é se manter atualizado. São muitas mudanças legais e doutrinárias. Chegando ao topo da carreira, quero contribuir com o conhecimento acumulado para ajudar a sociedade do ponto de vista jurídico. O papel institucional da Justiça é promover a paz social, evitar conflitos. Mas hoje o judiciário também se envolve em questões sociais. Quero corresponder à responsabilidade que me foi dada”, finalizou Élito.