O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), rebateu declarações do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), sobre a dívida de Minas Gerais, durante evento no Polo Automotivo Stellantis, em Betim, nesta terça-feira (11 de março). Ao lado do presidente Lula (PT), que visita o novo centro de desenvolvimento de produtos de mobilidade híbrida-flex da empresa, Silveira acusou o atual governo de Minas Gerais de ter multiplicado a dívida do Estado nos últimos seis anos. A fala foi feita logo após discurso de Romeu Zema, que culpou o governo de Fernando Pimentel (PT) por ter deixado o Estado quebrado.
Durante seu discurso, Zema criticou gestões anteriores do PT em Minas Gerais, afirmando que, quando o partido administrou o Estado, os repasses de ICMS não eram feitos às prefeituras e que a folha de servidores não era paga. “Assumi um Estado quebrado, que não fazia o repasse do ICMS e que não pagava a folha de pagamento”, disse o governador. “Era um Estado desacreditado, que qualquer um tinha recusado”, acrescentou.
Em seguida, Silveira respondeu às falas do governador, sem citar diretamente Zema ou o ex-governador Pimentel. O ministro afirmou que a dívida de Minas Gerais aumentou nos últimos cinco anos, período em que o Estado esteve sob administração do Novo. “A dívida de Minas cresceu nos últimos cinco anos em mais de 50%. Passou de R$ 110 bilhões, em 2019, para R$ 165 bilhões”, declarou.
Silveira também destacou a atuação do governo federal na relação com Minas Gerais, apesar de diferenças partidárias. “Agradecemos pelo seu espírito, pela sua forma republicana que agiu à frente do Brasil tratando todos os Estados da federação como iguais, sem olhar para diferenças partidárias”.
A primeira-dama, Janja da Silva, que ficou com braços cruzados e sem olhar para o púlpito durante o discurso de Zema, esboçou um sorriso durante a fala do ministro Silveira e o aplaudiu.
Na tarde dessa segunda-feira (10 de março), véspera do evento em Betim, o governador Romeu Zema não tinha confirmado se estaria presente. A informação oficial era que ele estava analisando alguns compromissos já firmados.
Com Mariana Cavalcanti