CASO MARCÃO UNIVERSAL

Morte de Marcão: vereador fala sobre investigações

Falecimento completou um ano no dia 14 de julho e ainda é apurado

Por O TEMPO


Publicado em 18 de julho de 2025 | 09:00
 
 
Alexandre da Paz homenageou o pai, Marcão Universal, que exerceu quatro mandatos na Câmara

Após um ano, a Polícia Civil está mais perto de esclarecer as circunstâncias que levaram à morte do ex-vereador e ex-presidente da Câmara Municipal Marcão Universal, encontrado morto em casa em 15 de julho do ano passado. Filho de Marcão, o vereador Alexandre da Paz (MDB) homenageou o pai e falou sobre o andamento das investigações durante a reunião ordinária de terça (15).

Usando a tribuna, o parlamentar destacou o legado do ex-político, que exerceu quatro mandatos e presidiu a Casa duas vezes. “Meu pai não foi homem de bajular o poder. Não temia, não fingia nem abaixava a cabeça para a injustiça”, afirmou. Alexandre também falou das lacunas existentes no caso, já que, inicialmente, a morte foi considerada consequência de uma queda acidental da escada. “É preciso romper com a encenação absurda. Estamos falando de um homem encontrado com trauma grave no crânio, como quem sofre um golpe com objeto contundente, e não de um acidente doméstico”, acrescentou.

Sem citar nomes, Alexandre mencionou a traição de pessoas próximas ao pai. Respeitando o sigilo judicial do processo, o vereador lembrou que, até o momento em que os autos eram públicos, uma pessoa era apontada como suspeita de envolvimento na morte e que a polícia já havia pedido a quebra do sigilo telefônico dela. “Hoje, não somos somente eu, meus familiares e a sociedade de Betim que temos dúvidas, mas o delegado de polícia, a promotora do caso e, agora, o juiz do caso, que deferiu a quebra do sigilo telefônico da investigada para termos a verdade instaurada”, frisou o vereador. A quebra de sigilo telefônico autorizada pela Justiça permitirá à polícia cruzar os dados obtidos com os registros da torre de celular mais próxima ao local do ocorrido.

Por fim, Alexandre ressaltou que as investigações conduzidas pela Polícia Civil e acompanhadas pelo Ministério Público estão em estágio avançado. “A verdade não se intimida, não se esconde e não pede licença. Ela vem como é: nua, firme e inegociável. E, quando chega, rompe o silêncio e revela o que muitos preferiam manter enterrado”, encerrou, citando uma das frases mais marcantes de Marcão.

Apuração

Essa não foi a primeira vez que o filho de Marcão utilizou a tribuna da sede do Legislativo betinense para chamar a atenção para as suspeitas que giram em torno do falecimento do pai. Em março, o emedebista fez um pronunciamento acerca das investigações do caso. “Nos quatro cantos da cidade que eu vou, o povo me fala que meu pai não caiu da escada, ele foi assassinado. Hoje, o que a polícia diz – não sou eu – é que existe uma suspeita desse possível crime. Enquanto aqui eu estiver, enquanto vida e sangue correrem em minhas veias, lutarei por justiça e para honrar o nome do meu pai”, disse na época.