Município busca recursos para construir moradias

O prefeito Vittorio Medioli disse, nessa semana, que a prefeitura buscará recursos junto aos governos federal e estadual para reconstruir o que foi destruído pela chuva. 
Conforme o prefeito, o município solicitou verba para a construção de novas moradias para a população em área de risco, ampliação e construção de novas bacias de contenção, além de recuperação e melhoria dos cursos d’água e da rede de saneamento, dentre outras ações.

“Nós temos uma previsão de que serão necessárias mais de 1.500 novas moradias populares. Estamos mapeando algumas áreas para receber essas unidades, em locais que propiciem dignidade. Assim, esvaziaríamos os pontos críticos, retirando as pessoas desses locais e garantindo a segurança delas. Há áreas em que a ligação da rede de esgoto e drenagem de água da chuva comprometem a segurança. São moradores com menor poder aquisitivo, então, há a necessidade realmente de um recurso grande. Estamos elaborando esse projeto”, declarou. 

Ainda de acordo com Medioli, a prefeitura busca junto à Caixa Econômica Federal que o banco disponibilize imóveis que foram devolvidos por falta de pagamento e os financie para as famílias desabrigadas no município. “Há cerca de 230 moradias que a Caixa pegou de volta. Estamos negociando que boa parte desses imóveis possa ser destinada às famílias que estão no aluguel social, com prestações mais baixas, juros mais acessíveis e financiamentos mais simples”, declarou. O prefeito também disse que pequenos e microempresários afetados deverão ter linha de crédito mais acessível na Caixa.

Encontro
Na quinta-feira (30), o prefeito Vittorio Medioli, juntamente com outras autoridades políticas, se encontrou como presidente Jair Bolsonaro, que sobrevoou cidades da região metropolitana atingidas pelas chuvas. Na ocasião, Bolsonaro anunciou R$ 1 bilhão para os Estados da região Sudeste castigados pela chuva. 

Ainda não se sabe qual valor será destinado para cada cidade. “Nós cobramos do presidente uma atenção especial para este momento de calamidade, e reforçamos a possibilidade de desburocratizar esse processo. Nós estamos priorizando as áreas onde têm risco de vida. Desalojamos as pessoas. Depois, vamos focar em outras áreas”, disse.

“Nós também pedimos ajuda ao governo para que a Vale e a VLI paguem as compensações que devem aos municípios. Só para Betim, são R$ 277 milhões pelo rompimento da barragem de Brumadinho e R$ 183 da VLI das transposições na linha férrea”, completou Medioli.

Piso Mineiro
Assim que Betim foi reconhecida como uma das cidades mineiras em situação de emergência, a prefeitura cadastrou o município para receber recursos do Piso Mineiro de Assistência Social. O valor é calculado de acordo com o número de famílias atendidas nos programas assistenciais. O cadastro foi feito na sexta (24), e o recurso já estava disponível na segunda-feira (27).

“Foram antecipadas três parcelas dessa verba, no valor de R$ 274 mil. O Piso Mineiro é vinculado às atividades desenvolvidas junto às famílias em vulnerabilidade social, mas, por causa do decreto de emergência, devido às chuvas, essa antecipação de valores será destinada às ações emergenciais aos atingidos. Betim foi um dos primeiros municípios mineiros a receber o repasse por causa da organização documental”, afirmou a secretária municipal de Assistência Social, Fabiane Quintela.