Pandemia

Setor cultural em Betim começa a receber auxílio pela Lei Aldir Blanc

Betim recebeu R$ 2,7 milhões em repasses do subsídio emergencial do governo federal

Publicado em 12 de novembro de 2020 | 20:59

 
 
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Os espaços e empreendedores do setor cultural de Betim, afetados com a suspensão por quase 8 meses das atividades por causa da pandemia da Covid-19, começaram a receber o auxílio emergencial da chamada Lei Aldir Blanc, subsídio do governo federal para socorrer esses profissionais neste período.

Segundo a Funarbe, fundação subordinada à prefeitura e que está gerindo o repasse desse recurso na cidade, ao todo 317 cadastros foram feitos por artistas do município e cerca de R$ 2,7 milhões foram enviados pela União.

Somente o benefício voltado para custear despesas de manutenção de atividades como teatros independentes e escolas de música, recebeu 21 solicitações feitas pelos empreendedores culturais, sendo que sete pedidos foram aprovados e 14 reprovados pelos técnicos da fundação.

Nesse caso, cada espaço cultural beneficiado pode receber entre R$ 3.000 e R$ 10 mil. Dos aprovados, cinco auxílios foram pagos, e os outros dois serão depositados na semana que vem, totalizando mais de R$ 138 mil em repasses. 

Já o auxílio emergencial direcionado aos projetos culturais de aquisição, em que pessoas jurídicas poderão usar o subsídio para adquirir bens e serviços necessários para a execução do seu trabalho diário, como a compra de um som ou insumos para trabalhos artesanais, teve 16 projetos inscritos na Funarbe. Desse total, 14 foram aprovados, e dois pedidos reprovados. O valor pago a esses beneficiários será de mais de R$ 45 mil. 

O benefício para ser usado para a manutenção de espaços culturais menores, que gerem despesas mensais de até R$ 2.999,99, teve nove solicitações feitas, sendo que sete projetos foram aprovados e dois reprovados. Para esses profissionais, serão repassados mais de R$ 52 mil em recursos. O Espaço Grupatum, localizado no bairro Ingá, foi um dos projetos contemplados.

“Com a pandemia o nosso espaço ficou fechado e permanece até hoje porque a maioria dos participantes do grupo é de risco. Com isso, perdemos renda, porque não temos mais aulas de teatro, espetáculos. Esse recurso vai ajudar muito a mantermos a manutenção do espaço”, disse Priscila Ferreira de Carvalho, integrante do Grupatrum. 

Já os editais de arte e cultura, ou seja, os projetos de trabalhadores ou empresas culturais a serem apresentados ao público de forma digital, como lives e programas de TV, tiveram 271 inscritos. No entanto, conforme a Funarbe, a listagem final dos aprovados será divulgada na semana que vem no “Órgão Oficial”.

“A partir do pagamento, os beneficiários terão 120 dias para prestar contas do valor recebido. Já após o fim da pandemia, eles deverão ainda cumprir a contrapartida apresentada no projeto”, explicou o presidente da Funarbe, Geraldo Rodrigues.