Resultado

Vittorio venceu em todas as 797 seções eleitorais de Betim

Em vários locais de votação, prefeito chegou a ter dez vezes mais voto que a 2ª colocada; ele teve maior votação na zona eleitoral 319, com a preferência de 86.763 betinenses

Publicado em 18 de novembro de 2020 | 22:18

 
 
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Além de ser o prefeito mais bem-votado da história de Betim, Vittorio Medioli (PSD) conquistou outro feito no primeiro turno das eleições, realizado no último domingo (15): venceu em todas as 797 seções eleitorais existentes na cidade.

Os dados foram divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) somente no início da noite da última quarta-feira (18), após atraso do próprio tribunal na computação das informações no primeiro turno devido a falta de testes no supercomputador responsável por essa contabilização. 

Em algumas seções eleitorais, Vittorio chegou a ter dez vezes mais votos do que a segunda colocada geral nas eleições, a ex-prefeita Maria do Carmo Lara (PT). 
Na seção 371, da Zona Eleitoral 316, por exemplo, Vittorio obteve 353 votos, enquanto a petista conquistou somente 63. 

Outro exemplo que mostra como a votação de Vittorio Medioli foi muito maior do que a dos demais candidatos foi na seção 213, da Zona Eleitoral 319. Nela, o atual prefeito teve 220 votos, contra 15 da petista, ou seja, 14 vezes mais. 

Em mais de 20 seções, Vittorio teve mais de 300 votos, o que mostra a votação expressiva que ele conquistou, chegando a 153.144 da preferência do eleitorado.

Resultado por zonas
Betim é dividida em duas zonas eleitorais: a 316ª, que é a que possui mais eleitores e engloba as regionais Vianópolis, Alterosas, Norte, Icaivera e Imbiruçu, e a 319ª, que contempla Centro, Citrolândia, Petrovale, PTB e Teresópolis. 

O prefeito eleito Vittorio Medioli (PSD) venceu nas duas zonas eleitorais, e com ampla vantagem, assim como na votação total. Ele recebeu mais votos na 316ª, com a preferência de 86.763 eleitores e a proporção de 77%. Já na 319ª ZE, a votação proporcional foi semelhante (75%), e os votos absolutos chegaram a 66.381. 

Já Maria do Carmo Lara (PT) teve seu desempenho um pouco melhor na 316ª, com 16.294 votos. Na 319ª, foram 12.612. 

Dr. Vinícius (Rede) teve número de votos praticamente igual nas duas zonas eleitorais: 3.771 na 316ª e 3.365 na 319ª. 

O candidato Junio Araújo (Solidariedade), apesar do apoio do ex-prefeito Carlaile Pedrosa, recebeu apenas 2.924 votos na 316ª e 3.234 na 319ª. 

Entre os demais candidatos, apenas Dr. Xaropinho superou a barreira de mil votos em uma das zona eleitorais: foi na 319ª, que obteve 1.182 votos. 

Apuração paralela
Com a demora do TSE de divulgar os resultados parciais da apuração, a equipe de campanha de Vittorio Medioli montou uma apuração paralela para contar os votos. Essa prática, que é legal, é feita com base nos boletins de urnas. Ao fim da votação, todas as seções imprimem o boletim de urna com o resultado dos votos, e os partidos que querem têm acesso a eles. De posse dos boletins, a equipe fez a contagem dos votos, e, logo na primeira parcial, com um terço das urnas, Vittorio já despontava com mais de 75% dos votos válidos. Por volta das 19h, a apuração paralela já contabilizava os votos de 72% das urnas, com Vittorio chegando a 75,6% dos votos válidos naquele momento. 

 

Centralização de dados atrasa divulgação

Outro motivo que atrasou a divulgação dos dados da votação foi a centralização. Nas eleições anteriores, cada Tribunal Regional Eleitoral (TRE) totalizava os votos de seu estado e encaminhava ao TSE, que era responsável por totalizar e divulgar no caso das eleições presidenciais e apenas divulgar os resultados nos demais casos. 

“O sistema foi alterado de acordo com recomendação de peritos da Polícia Federal – instituição que participa frequentemente dos Testes Públicos de Segurança (TPS)”, informou a nota técnica do TSE. Um dos motivos dessa recomendação, segundo o tribunal, é reduzir a quantidade de ataques ao sistema.

De acordo com o ministro Luis Roberto Barroso, presidente do TSE, as urnas eletrônicas não estão conectadas à rede mundial de computadores, o que significa que não são vulneráveis a nenhum tipo de ataque cibernético. 

“Os dados coletados após o término da votação são reunidos e enviados ao TSE por meio de um sistema privado da Justiça Eleitoral. Não é possível fraudar uma urna eletrônica”, pontuou o ministro Barroso.