Flagrante

Suspeitos de aplicar golpe do ‘chupa-cabra’ são presos em Betim

Dupla tinha mandados em aberto por roubo e estelionato; com eles, foram achados documento, cartões, um veículo roubados, dois com os chassis adulterados, além da réplica de uma pistola

Publicado em 10 de dezembro de 2020 | 19:07

 
 
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Investigadores da 4ª Delegacia de Polícia de Betim, na região metropolitana, prenderam, na quarta (9), dois homens, de 52 e 53 anos, suspeitos de pertencerem a uma quadrilha especializada em aplicar golpes a clientes de bancos, conhecido como “chupa-cabra”, em alusão ao método utilizado para retirar informações dos cartões das vítimas em caixas eletrônicos.

No apartamento em que eles foram estavam, no bairro Icaivera, foram encontrados diversos documentos e cartões, além de dois veículos, sendo um furtado e dois com os chassis adulterados. Um terceiro suspeito que  integraria o grupo criminoso não foi localizado. 

Segundo o delegado Túlio Leno Góes Silva, as investigações começaram no dia 20 de novembro, quando a Polícia Militar conduziu até a delegacia três homens suspeitos de estelionato. Na ocasião, como não havia provas contra o trio, eles acabaram sendo liberados.

“A suspeita era que eles faziam a captação de dados pessoais de vítimas, através de aparelhos ‘chupa-cabra’, para, posteriormente, falsificar documentos e cartões bancários, com o objetivo de praticar crimes de estelionato. No entanto, como na época não havia elementos contundentes contra eles nem vítimas identificadas, eles tiveram que ser liberados”, explicou.

Logo após, a Polícia Civil iniciou as investigações sobre o caso e descobriu o envolvimento de outros três homens que praticariam o mesmo tipo de crime que possuíam, inclusive, mandados de prisão em aberto por roubo a bancos, estelionato e crime contra o patrimônio.

“Ao fazer o flagrante de dois criminosos, encontramos eles em um apartamento no Icaivera. O imóvel, localizamos três veículos, sendo um roubado e dois com os chassis adulterados, documentos e cartões de possíveis vítimas, além da réplica de uma arma de fogo. Fomos até a casa do terceiro suspeito, em Contagem, mas ele não foi achado”, informou o delegado.

Os estelionatários não quiseram dizer nada para a polícia. Conforme o delegado,  a polícia, agora, entrará em contatos com as possíveis vítimas para tentar descobrir contas pessoas foram alvo da ação dos criminosos.