No bolso

Variação de produtos da ceia de Natal chega a 73% em Betim

Pesquisa do Procon mostra que há diferença de preço entre os estabelecimentos; inflação também faz itens ficarem mais caros este ano

Publicado em 10 de dezembro de 2020 | 20:14

 
 
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O Natal deste ano será diferente. Além das restrições de encontros causadas pela pandemia, o preço dos produtos da ceia natalina está pesando mais no bolso. Pesquisa realizada pelo site Mercado Mineiro mostra que os produtos estão, em média, 22% mais caros neste ano do que em 2019.

Mas, além de os valores estarem mais salgados, a variação de preço de um local para outro é alta. Pesquisa de preços realizada nesta semana pelo Procon de Betim em supermercados da cidade mostrou que, de alguns produtos, a diferença chega a 73,6%. 

É o caso da azeitona, que pode ser encontrada custando entre R$ 8,98 e R$ 15,59. Outro produto que também varia muito de valor é o lombo. Opção na casa de muitas pessoas, o quilo desse corte suíno pode ser encontrado de R$ 19,80 a R$ 32,90, uma variação de 66,1%.

Outros produtos também apresentaram diferença acima dos 40% entre um estabelecimento e outro. Um exemplo é o palmito da marca Imperador, com 47,1% de variação. A lata de pêssego em caldas pode ser até 43,1% mais barata de um supermercado para o outro. E o panetone Bauducco não fica para trás: variação de 41,4%. 

“Devido à diversidade de marcas, não foi possível comparar preços de alguns produtos, mas mesmo assim, apresentaram alteração, e a orientação é para que o consumidor pesquise bastante antes de fazer as suas compras. É importante listar os itens desejados, estabelecer um teto de gastos e pensar em substituições para os produtos mais caros, evitando compras desnecessárias”, afirmou a superintendente do Procon Betim, Luana Guimarães. 

Quem vai ao supermercado sabe que a ceia será diferente. “Há muitos meses que os preços estão subindo muito, e, com o fim de ano, aumentam ainda mais. Ainda não sei o que comprar, mas a variedade de produtos será menor, isso será”, disse a professora Simone Silva. 

Na terça (8), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a inflação de novembro ficou em 0,86%. E o grupo de alimentos e bebidas foi o que apresentou a maior alta (2,54%) no cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). 
A carne, por exemplo registrou aumento de 6% só em novembro; o tomate, de 18,4%; e a batata-inglesa, de 30%.

Os preços de outros produtos da cesta básica também subiram: arroz e óleo de soja também tiveram novo aumento de 6,28% e 9,24% respectivamente.

(com Agência Brasil)