Em Betim

Entidades têm queda de até 30% nas doações por causa da pandemia

Orcca e Apae pedem ajuda para manter serviços sociais

Publicado em 14 de maio de 2020 | 22:14

 
 
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A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) afetou drasticamente também as doações feitas para entidades sociais. Com o isolamento social, o aumento do desemprego e muitas empresas sem funcionar ou com parte das atividades reduzidas, instituições filantrópicas da cidade, como a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae ) e a Organização Regional de Combate ao Câncer (Orcca), viram o número de pessoas que contribuem financeiramente com a manutenção de suas atividades sociais despencar. 

Segundo a supervisora da Orcca, Fernanda Martins, a queda de doações chegou a 30% desde o início da pandemia até o fim de abril. “Grande parte dos nossos doadores são pessoas com a renda mais baixa, das classes C e D. E essas pessoas foram profundamente afetadas com a crise econômica provocada pela pandemia”, afirmou. 

Diante disso, segundo Fernanda, a Orcca adotou algumas medidas, como redução da jornada de funcionários. Fundada há 15 anos, a instituição faz um trabalho complementar ao SUS de assistência aos pacientes com câncer e suas famílias, com o fornecimento de atendimento psicológico, de itens, como cesta básica e fraldas geriátricas e até de medicamentos que não são fornecidos pela rede pública. São cerca de 500 atendimentos mensais. 

“E com a pandemia a nossa demanda por serviços aumentou. Por isso, pedimos que quem puder não deixe de nos ajudar para que possamos continuar esse trabalho, que é mantido apenas com doações”, pontuou Fernanda. 

Na Apae, a queda no número de doadores caiu cerca de 10% em abril em relação ao mês anterior. “Hoje temos a parceria da prefeitura e do governo estadual, que nos cedem funcionários, mas a maior parte das nossas doações vem do serviço de telemarketing. E percebemos que desde a pandemia tivemos uma queda no número de doadores, além de termos as festas que fazíamos para arrecadar recursos, como o bazar, canceladas”, afirmou a coordenadora e assistente social da instituição, Patrícia Gil, ressaltando que a receita caiu 30%. 

Segundo Patrícia, apesar disso, o serviço assistencial está sendo realizado, seja por plantão social diário ou vídeos enviados às famílias assistidas. 

“Estamos todos os dias com plantão social, com psicólogo e assistente social. Além disso, todos os técnicos da Apae, como educador físico, fonoaudiólogo e músico-terapeuta, enviam vídeos com orientação para as famílias com os filhos atendidos pela Apae. Por isso, é importante que as pessoas não deixem de doar para a Apae”, afirmou. 

Saiba como ajudar as entidades através dos seguintes telefones

Orcca: 3595-3882. 

Apae: 3593-1155 ou pelo WhatsApp da Central de Doações 98416-1508.