Violência

Homem é preso por descumprir medida protetiva e ameaçar a ex-mulher em Betim

Suspeito tinha mandado de prisão em aberto desde outubro; segundo a polícia, a vítima teve que mudar de endereço e de trabalho várias vezes para tentar fugir do ex-companheiro

Publicado em 15 de janeiro de 2021 | 17:37

 
 
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Um homem de 41 anos foi preso em Betim, na região metropolitana, nesta sexta (15), após descumprir medidas protetivas, perseguir e ameaçar a ex-mulher. De acordo com a Polícia Civil, havia um mandado de prisão em aberto contra ele desde outubro de 2020 porque, apesar de estar proibido de chegar perto da ex-companheira, ele não estava cumprindo a determinação judicial. 

Segundo as investigações, o homem teria agredido a ex-mulher em 2018 por não aceitar o fim do relacionamento. "Na época, a vítima fez uma ocorrência por causa das agressões. Ele a pegou pelo pescoço, numa tentativa de estrangulamento, além de empurrões. Ele chegou a ser preso em flagrante no fim de 2018 por ameaçar e preserguir a ex, mas, após ser liberado, continou a importunar a vítima. Inclusive, chegou a ir até ao trabalho dela várias vezes. O próprio patrão da vítima prestou depoimento relatando a situação. Ela, inclusive, teve que mudar de endereço e de trabalho para tentar fugir dele, mas, ainda assim, ele a perseguia com ameaças", explicou a delegada Ariadne Coelho, da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Betim. 

Em outubro do ano passado, foi expedido o mandado de prisão por descumprimento da medida protetiva. Desde então, a polícia procurava pelo suspeito. "Ele tem uma van que faz transporte e colocava outros motoristas para dirigir para ele. Além disso, ele chegou a alterar a rota que tinha que fazer ir atrás da ex-mulher e ameaçá-la", completou a delegada.

O homem foi preso preventivamente no centro de Betim após diligências e levado para o Ceresp Gameleira, na capital. "Por causa da mudança constante de rota dele e em razão da alteração do endereço residencial, foram necessários um exercício de campanha e de inteligência para ter êxito na localização do suspeito", disse.

A delegada enfatizou que a violência contra a mulher deve ser uma luta de todos. "A lei Maria da Penha prevê que, quando o homem é notificado da medida protetiva, ele pode ter a prisão preventiva efetuada cao descumpra com a determinação da Justiça. O sistema de Justiça Criminal deve agir para impedir que agressões e ameaças culminam com algo mais grave, como feminicídios, que estão mais comuns. A violência contra a mulher deve ser severamente combatida, pois representa uma desigualdade social que não pode existir", concluiu Ariadne.