Covid-19

Médico da rede pública de Betim esclarece dúvidas sobre a Coronavac

Imunizante que já está sendo aplicado nos profissionais da saúde da cidade foi aprovado em vários países no mundo e, no Brasil, pela Anvisa

Publicado em 21 de janeiro de 2021 | 21:14

 
 
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Apesar de algumas vacinas, como a Coronavac, terem sido aprovadas por autoridades sanitárias de vários países no mundo e, no Brasil, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), muitas mensagens incorretas e fake news continuam sendo disseminadas na web. Por isso, O Tempo Betim reuniu algumas das principais dúvidas da população à respeito, que foram esclarecidas por Alberto Andrade Horta Dumont, médico do Centro de Referência Regional de Saúde do Trabalhador (Cerest) da cidade. 

Como uma vacina atua no organismo da pessoa?
Ela funciona como um sinalizador que vai induzir o corpo humano a produzir uma resposta imune, criando as células de defesa, que combatem a doença, assim que ela invade o corpo, diminuindo, assim, as chances das mesmas causarem danos ao organismo.

Por quanto tempo a Coronavac protege a pessoa?
Ainda não temos essa informação. Os estudos precisam de mais tempo para determinar com precisão por quanto tempo a população ficará imune após receber as doses da vacina. 

As pessoas imunizadas podem ser reeinfectadas?
A vacina prepara seu corpo, criando células de defesa. Assim, quando infectado, ele reage mais rápido no combate ao vírus. Segundo os dados divulgados até o momento, a vacina produzida pelo Instituto Butantan tem eficácia de 50,38% na redução do aparecimento de sintomas.

O que esses números significam na prática?
Após a imunização, os voluntários do estudo que receberam a vacina, em comparação ao grupo placebo (que não recebeu o imunizante), tiveram redução do aparecimento dos sintomas, representando 50,38% da população analisada. Isso traz um impacto enorme nos serviços de saúde, pois reduzirá a demanda assistencial e, assim, melhorarão a assistência aos que mais necessitam, evitando situações de calamidade, como falta de leitos e de insumos.

Quais os efeitos colaterais da Coronavac? 
Até o momento, os efeitos colaterais reportados pelo Butantan estão relacionados somente a aplicação da vacina, ou seja, dor e incomodo local, que são comuns a qualquer imunizante injetável. Além disso, outros sintomas não específicos foram relatados, como dor de cabeça e cansaço. 

Se a pessoas apresentar efeitos colaterais após tomar as doses, o que deve fazer?
A recomendação das autoridades da saúde é que o paciente busque um serviço de saúde para atendimento.

Como as vacinas contra o novo coronavírus foram desenvolvidas de forma muito rápida, são seguras? 
Sim. Todas as vacinas passaram por estudos em populações mundiais e no território brasileiro. No país, elas foram aprovadas pela Anvisa, que é o nosso órgão regulador.

Quem não é do grupo de risco não precisa se vacinar? 
Todas as pessoas que forem incluídas no calendário de imunização contra a Covid-19 devem se vacinar.

Algum voluntário que recebeu o imunizante Coranavac teve algum sintoma grave pós-vacina? 
Conforme dados divulgados pelo Instituto Butantan, não houve registros de eventos graves associados a imunização da Coronavac.

Podem se imunizar pessoas que já tiveram a Covid ou têm doenças crônicas? 
Quem já teve Covid deve, sim, se imunizar. No mesmo sentido, as pessoas portadoras de doenças crônicas que, inclusive, são englobadas por um critério de prioridade, juntamente com outras condições, definidas no calendário do Ministério da Saúde.

Por que a vacinação contra a Covid-19 é importante? 
Vacinar é um ato de saúde coletiva. Além de proteger a si próprio, você protege as pessoas ao seu redor. E, visto a eficácia informada da vacina, a necessidade de procura do sistema de saúde diminuirá, podendo, assim, atender melhor quem necessitar.