Guanabara

Homem é morto em troca de tiros com a PM em Betim

Versão dos militares de que teriam sido recebidos com disparos foi contestada pela família, que alega que ele não teria envolvimento com o crime; polícia rebate ressaltando extensa ficha criminal

Publicado em 07 de janeiro de 2021 | 15:19

 
 
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Um homem, de 26 anos, morreu na noite desta quarta-feira (6), após uma troca de tiros com policiais militares no bairro Guanabara, em Betim, na região metropolitana de BH.

De acordo com o boletim de ocorrência, após receberem uma denúncia anônima de que havia um carro roubado guardado em uma garagem na rua Januário Eduardo dos Santos, militares se deslocaram até o endereço e, ao puxarem no sistema, confirmaram que havia registro de furto do veículo.

Ao baterem no portão e se identificarem, os militares disseram que já foram recebidos a tiros pelo homem e, por legítima defesa, revidaram. Ele estaria sozinho e teria sido alvejado, socorrido e levado para o Hospital Regional de Betim. No entanto, ao dar entrada na unidade de saúde, os médicos já constataram o óbito do homem.

Na casa, além da pistola 765 que teria sido usada na troca de tiros, também foi encontrada uma arma calibre 38 e dois celulares, que foram apreendidos para investigação.

Ainda segundo a PM, o homem teria diversas passagens por furto, roubo e estaria sendo investigado por participação ao roubo de uma arma de um militar da reserva em 2020. Ele também teria, em suas redes sociais, diversos vídeos com amigos empunhando armas.

A perícia da Polícia Civil esteve no local e recolheu diversos cartuchos espalhados pela residência. Já os policiais envolvidos na ocorrência foram detidos e prestaram depoimento no 2º Batalhão de Policiamento Especializado de Contagem, também na região metropolitana. Se constatada a legítima defesa, eles devem ser liberados.

Controvérsias
Embora a PM afirme que o homem tinha diversas passagens, familiares alegam que ele não tinha nenhum envolvimento com o mundo do crime. Em entrevista à uma rede de televisão, um amigo afirmou que vizinhos relataram que os policiais não bateram no portão e, sim, pularam o muro dos fundos da residência. 

A família ainda afirmou que ele não tinha nenhuma arma e que os vídeos em que aparece com amigos não passavam de brincadeiras. O homem era casado e deixou um filho, de seis anos.