Nesta semana, após a convocação dos adolescentes de 12 anos, Betim atingiu a marca de 89% do público-alvo vacinado com ao menos uma dose contra a Covid-19. A cidade aplicou, até o momento, 507.038 doses, sendo que 318.038 pessoas receberam ao menos uma aplicação.
Outras 176.147 tomaram as duas e mais 11.553 foram vacinadas com a dose única e estão com completamente imunizados. A dose de reforço em idosos acima de 80 anos e imunossuprimidos foi aplicada em 1.523, segundo balanço da Secretaria Municipal de Saúde.
Embora os números sejam positivos e a retomada das atividades estejam, de fato, acontecendo, ainda há um percentual de pessoas que não foram se vacinar ou que recusaram a segunda dose. No entanto, dados do Ministério da Saúde apontam que uma queda nos índices de vacinação geral – não apenas da Covid-19 – vêm sendo observada desde 2015.
Segundo especialistas, em parte, isso é explicado pela disseminação de notícias falsas, pela atuação de grupos antivacina, além do medo de eventos adversos.
Diante desse cenário, lideranças do Legislativo de Betim aceitaram o convite do O Tempo Betim para, juntos, desenvolverem um projeto de conscientização da população, chamado Lideranças pela Vacinação. Com o apoio dos vereadores Dudu Braga, Léo Contador, Tiago Santana e Klebinho Rezende, abordaremos conteúdos relevantes em nossas redes sociais para levar informações às pessoas, derrubar mitos e desmentir fake news sobre o tema que impactam negativamente a vida dos betinenses. Essa série de reportagens começa contando um pouco da história das vacinas.
Como tudo começou
Há 225 anos, um experimento realizado pelo médico britânico Edward Jenner resultou na primeira vacina do mundo e contribuiu para a erradicação da varíola. Estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que as vacinas salvam cerca de 3 milhões de pessoas por ano, ou 5 pessoas a cada minuto.
São responsáveis pelo aumento da nossa expectativa de vida e foram as principais responsáveis pela redução da mortalidade infantil. No Brasil dos anos 50, por exemplo, cerca de 10% das crianças morriam antes dos primeiros cinco anos de vida.
Assim como em todos os setores, a tecnologia de criação e produção de vacinas evoluiu muito. Foi isso que possibilitou o desenvolvimento de um imunizante contra a Covid-19 em tempo recorde.
Com mais de dois séculos de conhecimento acumulado desde a criação da primeira vacina, cientistas do mundo inteiro se debruçaram sobre diferentes possibilidades para criar a substância que toda a humanidade esperava e que, de fato, tem apresentado resultados, com a diminuição das internações e do índice de mortes em decorrência da Covid-19.