Lideranças Pela Vacina

Como a vacina contra a Covid-19 foi desenvolvida tão rapidamente?

Na segunda reportagem da série especial, médico explica essa, que é uma das principais dúvidas da população

Publicado em 20 de outubro de 2021 | 09:00

 
 
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Na segunda matéria da série especial de reportagens do projeto Lideranças pela Vacina, o tema abordado é o tempo que a ciência levou para desenvolver a vacina contra a Covid-19. Esse, que é um dos principais questionamentos de parte da população, também é um prato cheio para quem dissemina fake news.

De fato, as vacinas contra a Covid-19 foram uma das mais rapidamente desenvolvidas pela ciência. Menos de um ano depois dos primeiros casos da doença na China, em dezembro de 2019, testes em milhares de humanos foram feitos pelo mundo, incluindo o Brasil. 

Porém, antes de serem aplicadas em grande número de voluntários, essas fórmulas passaram por uma série de testes para verificar a segurança. Foi necessário muito trabalho para garantir que elas fossem eficazes o suficiente para chegar aos postos de vacinação de todo o planeta. O caminho entre o laboratório e a imunização foi longo e só foi possível porque, assim como em todos os setores, a tecnologia de criação e produção de vacinas evoluiu muito. 

Com mais de dois séculos de conhecimento acumulado desde a criação da primeira vacina, cientistas do mundo inteiro se debruçaram sobre diferentes possibilidades para criar a substância. 

De acordo com o médico Eduardo Ribeiro Teixeira (@dr.eduardoribeiroteixeira), que atuou na linha de frente dos atendimentos à Covid e tem um canal no YouTube no qual tira dúvidas dos pacientes, o desenvolvimento de uma vacina durante uma pandemia ocorre de forma muito mais rápida, pois se aceleram algumas etapas e se evitam burocracias: “Os órgãos fiscalizadores normalmente levam meses a anos para avaliar e autorizar a mudança das fases nos testes, mas, na pandemia, isso ocorre de forma imediata. Como parâmetro, podemos levar em consideração, por exemplo, a pandemia da H1N1, em 2009, quando foram gastos só oito meses para desenvolver aquela vacina específica, que hoje está na campanha anual de vacinação em nível nacional”. 

Segundo Teixeira, as vacinas contra a novo coronavírus estão sendo desenvolvidas usando-se várias tecnologias diferentes. “Algumas vacinas usam as abordagens tradicionais, com vírus inativados ou atenuados, como é o caso da Coronavac. Porém, outras empregam plataformas mais novas, como proteínas recombinantes e vetores. É o caso da Janssen. Enquanto as vacinas mais modernas, como as de RNA, possuem uma tecnologia desenvolvida exclusivamente durante a pandemia, que é o caso da Pfizer”, explica.

O projeto

Lideranças do Legislativo de Betim aceitaram o convite do O Tempo Betim para, juntos, desenvolverem um projeto de conscientização da população, chamado Lideranças pela Vacinação.

Com o apoio dos vereadores Dudu Braga, Léo Contador, Tiago Santana e Klebinho Rezende, abordaremos conteúdos relevantes em nossas redes sociais para levar informações às pessoas, derrubar mitos e desmentir fake news sobre o tema que impactam negativamente a vida dos betinenses. Essa série de reportagens começa contando um pouco da história das vacinas.



Com informações da Agência Brasil